Sistema Penitenciário da PB tem primeira morte de detento por Covid-19

Preso de Patos estava internado no Hospital Metropolitano e não resistiu à Covid.

Foto: Reprodução/TV Paraíba
Sistema Penitenciário da PB tem primeira morte de detento por Covid-19
Foto: Reprodução/TV Paraíba

Um detento da Penitenciária de Segurança Máxima Romero Nóbrega, em Patos, no Sertão paraibano, morreu na madrugada deste domingo (30) em decorrência do novo coronavírus, doença causada pela Covid-19. Este foi o primeiro caso confirmado de óbito por coronavírus entre os privados de liberdade do sistema penitenciário da Paraíba.

Segundo a Gerência Executiva de Ressocialização, vinculada à Secretaria de Administração Penitenciária do Estado da Paraíba (SEAP), o apenado, Matheus Pereira da Silva, de 21 anos, estava internado no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, na Grande João Pessoa, desde o dia 05 de maio e não resistiu ao vírus. Além de Covid-19, ele foi diagnosticado com insuficiência renal aguda, cardíaca e pulmonar.

Segundo o boletim diário para casos de Covid-19 da Seap, atualizado até às 13 horas deste domingo, na população privada de liberdade das Unidades Penais do estado, já foram detectados 38 casos positivos. Desses, 17 estão recuperados, um está internado em hospital e um morreu.

Dos casos positivados, a maioria são detentos da Penitenciária de Patos (24). Mas há casos notificados na Cadeia Pública de Cuité, com oito casos; na Penitenciária João Bosco Carneiro, em Guarabira, com três; e na Penitenciária Padrão de Santa Rita, no Presídio do Róger e na Cadeia Pública de Queimadas, com um cada.

Medidas

O Sistema Penitenciário da Paraíba estão com as visitas suspensas desde o dia 20 de março, sendo implementada as visitas virtuais. Conforme o plano de contingência elaborado pela Seap, a estrutura da Penitenciária de Segurança Média Juiz Hitler Cantalice foi transformada em unidade específica para recebimento e custódia de presos que apresentem sintomas da Covid-19, conforme orientações da Secretaria de Estado da Saúde e da Agência
Estadual de Vigilância Sanitária (Agesiva). O gerente de Seap, João Sitônio, disse que só os casos graves que são encaminhados para os hospitais de referência.

No plano também ficou decidido que a carceragem da Central de Polícia da Capital fosse usada para custódia dos presos temporários da região metropolitana de João Pessoa, para que os mesmos cumpram uma
quarentena mínima de 14 dias antes de sua inserção nas Unidades Prisionais do Sistema Penitenciário da Paraíba.