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VIDA URBANA

Corpo do cantor Pinto do Acordeon é sepultado em Patos, no Sertão da Paraíba

O artista morreu na madrugada da terça-feira (21), vítima de um câncer.

Publicado em 22/07/2020 às 20:02 | Atualizado em 23/07/2020 às 11:25


                                        
                                            Corpo do cantor Pinto do Acordeon é sepultado em Patos, no Sertão da Paraíba
Foto: Beto Silva/TV Paraíba

				
					Corpo do cantor Pinto do Acordeon é sepultado em Patos, no Sertão da Paraíba
Foto: Beto Silva/TV Paraíba. Foto: Beto Silva/TV Paraíba

O corpo do cantor paraibano Pinto do Acordeon foi sepultado no início da noite desta quarta-feira (22), no município de Patos, no Sertão do estado. O artista morreu na madrugada da terça-feira (21), em São Paulo, vítima de um câncer, aos 72 anos de idade.

Antes de chegar a Patos, o corpo de Pinto do Acordeon foi velado no cemitério Parque das Acácias, em João Pessoa, durante a terça (21) e a manhã da quarta (22). No local, familiares, amigos e fãs prestaram homenagens, regadas a muito forró, ao mestre do acordeon. O destaque foi para a presença da cadelinha do artista, que viajou mais de 300 km para se despedir dele. 

Já em Patos, o cortejo fúnebre de Pinto do Acordeon teve início por volta das 16h e reuniu muitas pessoas e autoridades. O trajeto, feito em um veículo do Corpo de Bombeiros, foi iniciado com um homenagens de autoridades políticas locais, como o prefeito de Patos, Ivanes Lacerda, em um ponto localizado na entrada da cidade.


				
					Corpo do cantor Pinto do Acordeon é sepultado em Patos, no Sertão da Paraíba
Foto: Acilene Candeia / Prefeitura de Patos. Foto: Acilene Candeia / Prefeitura de Patos

Depois das primeiras homenagens, o cortejo seguiu para o Terreiro do Forró, onde acontece os festejos juninos de Patos. No local, em entrevista à TV Paraíba, um dos filhos de Pinto do Acordeon, Mô Lima, disse que sempre soube do amor do pai por Patos, e que o artista pediu para ser sepultado na cidade.

“Ele (Pinto do Acordeon) sempre disse que nasceu em Conceição, mas que queria ser enterrado em Patos. Ele considerava essa cidade a terra mãe dele, e sabia que o patoense ia homenageá-lo”, comentou Mô Lima.

Do Terreiro do Forró, o corpo seguiu pelas principais ruas da cidade, até chegar no cemitério Memorial Jardim da Paz, por volta das 17h30. Um protocolo sanitário foi posto em prática e, antes de entrar no cemitério, as pessoas passaram por aferição de temperatura, aplicação de álcool em gel e foram conscientizadas acerca da importância do distanciamento social para prevenir possíveis contágios pela Covid-19. No entanto, em todo o trajeto fúnebre houve aglomeração.

Uma celebração fúnebre foi ministrada já no cemitério pelo pároco da Catedral de Nossa Senhora da Guia, Padre Joácio Nóbrega, e após as últimas homenagens, o corpo foi sepultado em meio a comoção e aplausos, por volta das 19h.


				
					Corpo do cantor Pinto do Acordeon é sepultado em Patos, no Sertão da Paraíba
Imagem: Reprodução/TV Paraíba. Imagem: Reprodução/TV Paraíba

Pinto do Acordeon

Além de cantor e compositor, Francisco Ferreira de Lima, conhecido como Pinto do Acordeon, foi vereador de João Pessoa entre os anos de 1993 e 1996. Natural de Conceição, foi na música que o paraibano teve reconhecimento nacional trabalhando ao lado de Luiz Gonzaga e compondo canções para Elba Ramalho, Genival Lacerda, Dominguinhos, Fagner, Os 3 do Nordeste e Trio Nordestino.

Em 2008, foi para o Festival de Montreux, Suíça, no qual se apresentou junto com outros artistas brasileiros, entre os quais Gilberto Gil, Elba Ramalho, Milton Nascimento, Chico César, Flávio José, Aleijadinho de Pombal, e Trio Tamanduá.

Em 2019, as Obras de Pinto do Acordeon se tornam Patrimônio Cultural e Imaterial da Paraíba. No mesmo ano, ele recebeu o título de ‘Mestre das Artes Canhoto da Paraíba’ e teve seu nome registrado no ‘Livro Mestres das Artes’, honraria estadual que leva o nome do músico Francisco Soares de Araújo, o Canhoto da Paraíba, em reconhecimento aos artistas que contribuem por mais de 20 anos com as atividades culturais do Estado.

Sob supervisão de Jhonathan Oliveira*

Imagem

Bruna Couto

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