Audiência entre João e Bruno: o maior 'saldo' foi a promessa de que outras audiências poderão acontecer

Governador e prefeito eleito demonstraram ‘civilidade institucional’ durante encontro no Palácio da Redenção

Audiência entre João e Bruno: o maior 'saldo' foi a promessa de que outras audiências poderão acontecer
Foto: Ascom

Ontem o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), esteve reunido com o prefeito eleito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD). A audiência, realizada no Palácio da Redenção, teve como pauta a adoção de ações conjuntas no enfrentamento à pandemia no Estado. Mas teve, também, uma simbologia a mais. O encontro sinaliza que os dois, mesmo adversários políticos, estão dispostos a dialogar e discutir problemas comuns ao Estado e ao município.
Aliás, esse talvez tenha sido o ‘saldo’ mais importante da reunião: a promessa de que outras audiências poderão ocorrer.
É que a história política recente, na Paraíba, não tem registrado bons exemplos quando o assunto é relacionamento institucional entre gestores adversários. Quase sempre as querelas políticas locais dificultam o diálogo e o que deveria ser regra – a discussão de problemas comuns e a união de forças em torno de soluções – acaba sendo exceção.
Encontros como o de ontem, aliás, foram quase raros em anos anteriores. E o discurso de que Campina Grande foi “esquecida” no mapa geopolítico do Estado ecoou com frequência nas ruas da Rainha da Borborema, na gestão do ex-governador Ricardo Coutinho.
A civilidade das relações institucionais e a união em torno da resolução dos problemas coletivos reclamam por mais encontros. Passado o período eleitoral, não devem prevalecer partidos, bandeiras ou cores; mas sim a busca por colocar em prática soluções que possam melhorar a vida das pessoas.
No caso específico de ontem, diante de uma pandemia.