Associação dos Procuradores repudia hostilidade de Gilberto Carneiro

A diretoria da Associação dos Procuradores do Estado da Paraíba (Aspas) divulgou nota na tarde desta quarta-feira (9) repudiando iniciativa do procurador geral do Estado, Gilberto Carneiro da Gama, de fazer uso da Corregedoria Geral do órgão para intimidar os integrantes da carreira.

A Aspas passou a detectar uma atitude ainda mais hostil da Corregedoria, a serviço de Gilberto Carneiro, principalmente depois que um grupo de 40 procuradores de Estado decidiu ingressar com uma ação de improbidade contra o secretário Waldon de Souza, da Saúde da Paraíba.

A representação judicial, protocolada na 6ª Vara da Fazenda Pública, foi distribuída no dia 4 de outubro último, e foi adotada pelo grupo por conta da indiferença do gestor face a ofício encaminhado ao seu gabinete no ano passado, indicando que, conforme estabelecem as Constituições Federal e Estadual, faz-se necessário parecer de Procurador de carreira a respeito dos processos licitatórios no âmbito da administração estadual.

Inconformado com a atitude da equipe, Gilberto Carneiro decidiu reagir e determinou à Corregedoria uma ação contundente contra os procuradores paraibanos. A nota da Aspas repudia duramente esse tipo de expediente.

Leia, abaixo, a íntegra da nota:

Nota de Repúdio

A Associação dos Procuradores do Estado da Paraíba (Aspas) vem, de público, lamentar a decisão do Procurador Geral do Estado, Sr. Gilberto Carneiro da Gama, de tentar intimidar a categoria, através de atos da Corregedoria, numa clara retaliação à iniciativa de 40 procuradores de Estado de acionar na Justiça o secretário de Saúde, Waldson Souza.

Como uma entidade de classe, a Aspas jamais se furtará de repudiar atitudes desse tipo, diante do dever da associação de lutar pelo respeito às prerrogativas de uma das mais importantes carreiras de Estado e de recorrer a todos os meios legais possíveis para fazer valer o que estabelece a Constituição Federal e a Estadual.

Sempre primando pelo caminho do diálogo, a Aspas espera que a postura e os atos de um governo socialista, que tanto proclama o republicanismo em suas ações, não encontrem guarida nesse tipo de atitude descabida, desrespeitosa e inadequada em relação a integrantes da carreira de Estado no estrito cumprimento do dever funcional.