Caso Padre Zé: Gaeco dá parecer favorável para padre Egídio responder processo fora da prisão

Padre Egídio é investigado por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Desde o sábado (13), ele está internado em uma unidade de saúde da capital para tratar de problemas no apêndice.

Padre Egídio de Carvalho é investigado por suposto esquema de corrupção em Hospital de João Pessoa – Foto: Divulgação

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público da Paraíba (MPPB), emitiu um parecer favorável para que o padre Egídio de Carvalho responda ao processo fora da prisão. De acordo com o Gaeco, o parecer é voltado para o cumprimento de medidas alternativas. 

O parecer é uma resposta após pedido da defesa do padre, que apontou problemas no estado de saúde do investigado. A Justiça ainda vai decidir se acata o parecer ou mantém o padre preso preventivamente. O Padre Egídio está internado desde o último sábado (13) em um hospital particular da capital João Pessoa e passou por uma cirurgia para tratar de uma apendicite. 

Antes da cirurgia realizada para retirada do apêndice, o Padre Egídio, estava preso na Penitência Especial do Valentina Figueiredo, por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do Hospital Padre Zé. Ele passou mal no final da tarde do último sábado (13), com fortes dores abdominais.

O padre foi encaminhado para o hospital. Em seguida, após avaliação médica, passou por uma cirurgia no abdômen, de apendicectomia, que é realizada para a retirada do apêndice em casos de inflamação ou infecção.

Após o procedimento, o padre foi encaminhado para a UTI do Hospital da Unimed e de acordo com as últimas informações da unidade de saúde, na tarde desta quarta-feira (17) o padre Egídio “vem evoluindo bem, sem intercorrências e estável”.

Caso Padre Zé 

De acordo com a investigação conduzida pelo Gaeco do Ministério Público da Paraíba (MPPB), padre Egídio de Carvalho é suspeito de liderar uma organização criminosa que teria desviado recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa.

Os valores desviados da entidade filantrópica, segundo o Gaeco após a primeira fase da Operação Indignos, chegam a R$ 140 milhões. O dinheiro teria sido usado para a compra de imóveis de luxo, veículos, presentes e bens para terceiros, além de reformas de imóveis e aquisições de itens considerados luxuosos, como obras de arte, eletrodomésticos e vinhos.

Além do padre, as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira), são investigadas por suspeita de envolvimento em esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do hospital, em João Pessoa.