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CONVERSA POLÍTICA

Paraíba tem déficit de 7,5 mil professores e alunos estão sem aulas de matemática e português, diz sindicato

Publicado em 15/07/2021 às 9:13 | Atualizado em 30/08/2021 às 18:55

Por LAERTE CERQUEIRA e ANGÉLICA NUNES 


				
					Paraíba tem déficit de 7,5 mil professores e alunos estão sem aulas de matemática e português, diz sindicato

Foto: Antônio Vieira/TV Cabo Branco

O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba afirma que o déficit de professores concursados na Paraíba chega a um total de 7.532 profissionais. As vagas são ocupadas por prestadores de serviço e pro tempore.

Segundo o presidente da entidade, Antônio Arruda, a situação se torna mais complicada por causa da falta de gestores em inúmeras escolas, prejudicando o funcionamento e a preservação das instituições de ensino em todo o estado.

“Temos sérios problemas hoje na educação, mas a falta de professores e gestores está entre as mais graves. Precisamos dar mais atenção a educação na Paraíba”, defendeu.

Acompanhamento

Quem também entrou no debate pedindo explicações ao estado foi o deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB). Segundo Tovar, que faz oposição ao governo, está faltando professor em Ouro Velho, Borborema, Coxixola e Barra de Santa Rosa. Estudantes estão sem aulas em algumas disciplinas como matemática e português

De acordo com o parlamentar, na Escola Nossa Senhora das Graças, no município de Ouro Velho, faltam professores de matemática, geografia, sociologia, além de Coordenador Pedagógico. Já no município de Borborema faltam professores de sociologia, filosofia, inglês, espanhol. As disciplinas de geografia e matemática só para algumas turmas, e nada da base técnica, que começou esse ano.

“Já não basta a dificuldade que milhares de alunos têm no acesso as aulas remotas, o governo do estado ainda agrava o problema com a falta de professores de disciplinas importantes. É preciso rever a educação desse estado, principalmente nessa época de pandemia, pois os alunos estão prejudicados com a falta de aulas de disciplinas essenciais como é o caso de português e matemática”, disse Tovar.

Horas extras

Outro problema, citado pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Estado da Paraíba, é o não pagamento pelo governo do estado das horas extras referente a jornada de trabalho dos professores no mês de junho. “O governo do estado não pagou esse direito e vamos ingressar na Justiça para corrigir esse erro. Vamos ingressar com uma ação de cobrança”, afirmou Antônio Arruda.

Secretário explica situação e nega falta de aulas

Ao Conversa Política, o secretário de Educação da Paraíba, Claudio Furtado, afirmou que o estado tem hoje pouco mais de 7,3 mil prestadores e não 7,5 mil. São mais 10 mil efetivos. O secretário afirmou que o governo tem feito esforço para mudar aumentar o número de docentes concursados.

Entre 2019 e 2020, a Secretaria de Educação chamou 1.594 aprovados no último concurso e deve fazer outro  concurso nos próximos meses. O governador João Azevêdo (Cidadania) prometeu em campanha contratar 4 mil professores, por meio de concurso, até 2022.

Furtado negou que os alunos estejam sem aula. O que há, registrou o secretário, é que como as aulas são online, professores com baixa carga horária estão completando as atividades dando aulas em outras escolas, em outros municípios.

O secretário acredita que após atingir esse número de 4 mil concursados não será mais suficiente contratar educadores, prestadores de serviço, em larga escala, porque a tendência, de acordo com a pirâmide etária do país, é que número de jovens em idade escolar seja bem menor e a necessidade também.

Suplentes

Questionado sobre o motivo de não chamar os últimos aprovados no concurso, que ficaram na reserva, Furtado explicou que, apesar do concurso está na validade, a necessidade do estado agora é contratar professores com uma carga horária maior de 40h, para as escolas em tempo integral. Mas, segundo ele, a maioria passou para 20 ou 30 horas e "se chamar pode gerar problema, questionamentos", afirmou.

Horas extras de junho

Sobre as horas extras de junho, o secretário explicou que tudo será pago, mas, nesse momento, está sendo feita uma análise de quem tem direito a receber. Isso porque quem fez mais de 60 horas semanais precisou apresentar declarações com informações sobre as atividades extras.

Dados do TCE - Números de professores da PB/SAGRES- TCE:

Professores na ativa:

Professor de Dança Moderna – 1

Professor de Educação Básica 1 – 1.143

Professor de Educação Básica 2 – 146

Professor de Educação Básica 3 – 7.940

Professor de Música – 1

Total – 9.231

Professor prestador de serviço:

Prestação de Serviço – 7.428

Professor Pro Tempore – 95

Total – 7.523

Leia também:

>> Classificados em concurso da educação na Paraíba cobram nomeação para substituir 7,5 mil prestadores

Imagem ilustrativa da imagem Paraíba tem déficit de 7,5 mil professores e alunos estão sem aulas de matemática e português, diz sindicato

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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