O ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, disse em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (16), que o Ministério adotará a segunda dose para a vacina da Janssen, anunciada como dose única.
Ou seja, quem tiver recebido a primeira, tomará a segunda após dois meses, com o mesmo imunizante. A data de início ainda não foi anunciada.
Marcelo Queiroga disse que a recomendação era de que essa vacina fosse dose única, mas, agora, sabe-se que é necessária essa proteção adicional.
Então, esses (indivíduos) que tomaram a vacina da Janssen vão tomar a segunda dose do mesmo imunizante. Como nós temos quantitativos (de vacina), não vai ser um esforço muito grande. Lá na frente, a sequência é: completou cinco meses da segunda dose, receberá a dose de reforço, afirmou.
Essa dose de reforço, segundo o ministério, deve ser da Pfizer, mas se não tiver disponível, pode ser aplicada com a própria Janssen ou AstraZeneca.
“O conceito é que a Janssen também requer duas doses para a vacinação primária. As evidências científicas vão sendo construídas com o tempo”, disse na coletiva.
A questão, agora, é que na bula registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina da Janssen “é administrada apenas em dose única de 0,5 mL”.
Ao jornal o Globo, o órgão regulatório informou que não há pedido para mudança de bula em análise até o momento, porque o fabricante não entrou com a solicitação. O imunizante tem autorização de uso emergencial no país.
A secretária extraordinária de Enfrentamento da Covid-19 do Ministério da Saúde, Rosana Leite de Melo, disse que o Ministério da Saúde deve liberar as vacinas a partir de sexta-feira (19) para estados e municípios.
Dose de reforço para toda a população adulta
O ministro Marcelo Queiroga anunciou também que será aplicada dose de reforço da vacina contra a Covid-19 para pessoas com mais de 18 anos, após cinco meses da aplicação da segunda dose. Até então, a dose adicional estava aprovada para os maiores de 60 anos, pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde.
A redução do intervalo da dose de reforço de seis para cinco meses após o esquema vacinal completo (dose única ou duas doses) já havia sido antecipada ontem (15) pelo jornal O Globo.
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