Lígia diz que candidatura ao governo é irreversível e defende ‘palanque duplo’ com Ciro e Lula

Em entrevista exclusiva à CBN, vice-governadora disse que tem tentado articular alianças com partidos do centro-esquerda com o aval do presidente nacional, Carlos Lupi.

Foto: Angélica Nunes
Lígia diz que candidatura ao governo é irreversível e defende 'palanque duplo' com Ciro e Lula
Foto: Angélica Nunes

Em busca de viabilizar a candidatura ao governo da Paraíba nas Eleições 2022, a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) tem se articulado com lideranças do PT para se fortalecer na disputa. Em entrevista exclusiva à CBN Paraíba, nesta terça-feira (18), ela voltou a reforçar que sua candidatura é irreversível e que, para assegurar o projeto, não vê problemas numa composição eleitoral com ‘palanque duplo’.

O grande embaraço no processo é que Lígia tem simpatia pelo ex-presidente Lula (PT), virtual candidato em outubro deste ano. Como vice-presidente Nacional do PDT, entretanto, terá que manter o palanque para Ciro Gomes, que terá a pré-candidatura lançada na próxima sexta-feira (21), por sinal.

“Eu sou do PDT, nosso presidenciável é Ciro Gomes, continuo nessa linha, mas vou construir alianças com o PT e partidos do centro-esquerda porque ninguém faz campanha sozinha”, afirmou Lígia Feliciano. Ainda segundo a pré-candidata, Ciro e Lula tem um passado em comum, com ideologias semelhantes. O pedetista foi ministro do governo Lula. “Palanque duplo é normal”, completou.

Cartaxo

Outro obstáculo que Lígia tem a enfrentar é o ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT), que retornou aos quadros petistas da Paraíba com o intuito de disputar ao governo. Lígia disse que desconhece os planos do partido em lançar candidatura própria para o cargo, embora tenha ligação política com o grupo.

Nas eleições da capital, a filha de Lígia, Mariana Feliciano, foi candidata a vice na chapa de Edilma Freire, que é concunhada de Cartaxo.

Irreversível

Lígia Feliciano também disse que a sua candidatura ao governo é irreversível. Na entrevista, ela contou que a possibilidade foi sugerida inicialmente pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, mas que após ouvir lideranças decidiu romper politicamente com o governador João Azevedêdo (Cidadania) e iniciar o processo, tratado com ela de natural, de buscar consolidar apoios.

“O presidente Lupi foi quem tomou a iniciativa de me lançar como candidata. Conversei com o governador, entreguei os cargos do PDT e fui dialogar com as lideranças para tomar a decisão, fazendo uma analise politica-administrativa. Esse ano tomei a decisão, sou pré-candidata a governadora. O que nós estamos construindo é de fazer alianças, com outros partidos de centro-esquerda”, reiterou.