Sérgio Queiroz terá os eleitores bolsonaristas e aqueles “cansados” dos políticos tradicionais

O pastor disputará uma fatia do eleitorado bolsonarista com Bruno Roberto (PL). À imprensa, na manhã de hoje (25), para oficializar a pré-candidatura na Paraíba, Queiroz disse que foi uma decisão muito difícil, “mas agora só quem me para é o Senhor”, afirmou.

Sérgio Queiroz fala sobe pré-candidatura ao Senado (Foto: Divulgação/Assessora)

O procurador e pastor Sérgio Queiroz (PRTB), o mais novo pré-candidato ao Senado, entra na disputa com algumas vantagens, que podem fazer a diferença em relação aos outros nomes. Não são definidoras, mas vão pesar muito. Ele e seus conselheiros sabem disso.

Na coletiva, na manhã de hoje (25), para oficializar a pré-candidatura na Paraíba, disse que foi uma das decisões mais difíceis da vida.

Foi uma decisão muito difícil, mas agora só quem me para é o Senhor”, afirmou.

O pastor é um dos candidatos de Bolsonaro. Disputará, sem dúvida, uma fatia desse eleitor apaixonado, irredutível (muitas vezes, politicamente cego) com Bruno Roberto (PL), filho do deputado federal Wellington Roberto (PL).

Wellington, claro, com toda expertise vai focar na política municipalista, “colar” em prefeitos para, além dos bolsonaristas, ter apoio dos gestores e “máquinas públicas” que foram beneficiados com suas emendas parlamentares. WR é mestre nisso. Na conta das vantagens de Bruno: ser do partido do presidente.

“Boa política”

Pastor Sérgio, por outro lado, além dos bolsonaristas, recorrerá direta ou indiretamente ao discurso do “outsider”, aquele que esteve fora da política, mas por um propósito “maior”, por entender que precisa fazer a diferença, vai disputar um cargo público.

O procurador, que foi auxiliar de Damares Alves no Ministério da Mulher, Famílias e dos Direitos Humanos e secretário de Modernização do governo federal, tem muito conhecimento, bagagem cultural, e é um excelente orador.

É o único pré-candidato (depois, candidato) que não integra o grupo dos políticos tradicionais, não é um “político profissional”e que, como o cidadão comum, clama por uma política diferente.

Na coletiva de imprensa, deu o tom. Afirmou que ninguém vai ouvi-los falar de velha ou nova política, mas de boa política.

Uma das coisas é que nós temos temos acabar com essa discussão sem sentido de velha ou boa política. Temos brasileiros com fome e sede de justiça e que serão saciados (…) Nosso partido não é legenda de aluguel, não é por ser pequeno, por não ter recurso de fundo partidário, nem tempo de TV, que somos pequenos”, cravou.

O pré-candidato vai apostar nas doações eleitorais para fazer campanha. Ele criticou o caixa 2. “Caixa 2 jamais. O Brasil precisa se livrar da corrupção”, destacou.

Queiroz já se afastou oficialmente da liderança da Comunidade Cidade Viva. Mas a sua voz, agora política, estará lá convencendo fiéis de todos os espectros políticos. No caso dos bolsonaristas, ele já tem.

Na pista 

Só para lembrar, além de Queiroz e Bruno, estão postos como pré-candidatos ao Senado também: o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), Efraim Filho (União Brasil) e Aguinaldo Ribeiro (PP). Só entra um.

Projeto do PRTB 

O presidente estadual do PRTB, André Lucena, falou na manhã desta sexta-feira (25) do desafio que a legenda terá nas eleições deste ano de combater a estrutura política, atualmente vigente no país.

É muito importante que todo aquele que deseja conduzir os destinos de uma nação, inaugurar um desafio em prol de uma sociedade, o faça sempre na direção do Espírito Santo, na direção de Deus. Porque qualquer ser humano um dia vai prestar contas a Deus. Somos todos nós, centro, esquerda ou direita, somos brasileiros, filhos do mesmo Deus”, pregou.