Semana passada, o pré-candidato ao Senado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) disse que não entra na disputa com grupo desunido. “Um princípio basilar para se ter sucesso é a unidade. Você não vai ter numa mesma chapa pessoas votando em projetos antagônicos. O povo não vai compreender isso e o que nós estamos defendendo é a unidade”, destacou o deputado.
Aguinaldo cobra uma “base governista” unida. Um recado ao Republicanos e outras lideranças do PSB que estão com com o governador João Azevêdo (PSB), mas já explicitaram voto ao pré-candidato ao Senado, Efraim Filho (União Brasil), que migrou para o projeto de Pedro Cunha Lima (PSDB) ao governo.
A questão é que Aguinaldo cobra uma unidade do governo sem ter feito o dever se casa.
Nas bases, não vemos o prefeito de Cajazeiras, José Aldemir (Progressistas) defendendo o governo. Ou trabalhando pela união. Também não vemos exemplos públicos do prefeito de Santa Rita, Emerson Panta, buscando essa união.
No âmbito da Assembleia Legislativa, a deputada estadual Dr. Paula (Progressistas) nem sempre vota com o governo. Na lista de quem se espera, mas não age pela união, ainda tem a deputada estadual Jane Panta. Todos do PP.
A prefeita de Bayeux Luciene Gomes (PSD), “aguinaldista”, também não defende o governo e não sinaliza para uma “união”.
Sem falar da senadora Daniella Ribeiro (PDS), que legitimamente refuta a ideia de ser da base do governo e age de maneira independente ao grupo.
Mas, a considerar a cobrança de união de Aguinaldo, lideranças ouvidas pelo blog afirmam que a senadora já deveria ter se incorporado ao projeto do “grupo governista” e não apenas ao projeto do irmão. Afinal, Daniella tem dito que a prioridade é Aguinaldo.
Defensor de João, no grupo, apenas Cícero que tem motivos administrativos, políticos e eleitorais para ver o grupo unido nestas eleições. O prefeito de João Pessoa firmou aliança no pleito passado, ao indicar a vice (Léo Bezerra, do PSB), e conta com a manutenção dessa unidade para a disputa em 2024.
Enfim, ninguém duvida do peso, influência e da capacidade de articulação de Aguinaldo. Porém, ao decidir ser o candidato ao Senado de João, tem que arrumar a própria casa porque só assim terá argumentos para cobrar a união.