CONVERSA POLÍTICA
Veneziano integra grupo de "medalhões" do MDB que querem Lula lá e Lula cá
Nesta segunda-feira (12), ele participou do badalado jantar com figuras de proa da política brasileira que querem o retorno do ex-presidente ao Palácio do Planalto.
Publicado em 12/04/2022 às 12:31 | Atualizado em 12/04/2022 às 14:27
O senador e pré-candidato ao governado da Paraíba, Veneziano Vital do Rêgo (MDB), mantém firme o seu propósito de ser o nome paraibano com imagem "umbilicalmente" ligada a do presidenciável Lula, do PT.
Nesta segunda-feira (12), ele participou do badalado jantar com figuras de proa da política brasileira que querem o retorno do ex-presidente ao Palácio do Planalto.
Para o propósito local, já conseguiu declarações sobre a importância dele numa aliança com o PT paraibano, tem declarações de petistas e, do jantar desta segunda-feira (11), saiu uma foto com o símbolo da pré-campanha de Vené aqui na Paraíba. Um "L" e um "V" com as mãos.
A mãe de Veneziano, Nilda Gondim, também senadora, estava junto e repetiu o gesto.
Conflito nacional
Numa demonstração de empenho para ajudar levar o MDB para a campanha de Lula e abortar a ideia de uma pré-candidatura própria, Veneziano negou que ele e outros emedebistas fizeram um gesto contra a pré-candidatura de senadora Simone Tebet (MDB-MS) à Presidência.
Para ele, não há racha ou traição. Mas cobrou que o MDB dê autonomia aos diretórios estaduais para decidir para onde vão, de acordo com as realidades locais.
Ao Conversa Política, Veneziano disse que não há constrangimento em não apoiar Simone Tebet porque desde o início do processo há esse acordo de apoio a Lula para presidente. "Desde o início quando foi definida pelo lançamento da pré-candidatura do MDB ao governo colocamos o apoio a Lula porque temos uma aliança histórica com o partido. É de conhecimento do presidente Baleia Rossi e também da senadora", afirmou.
De acordo com Vené, o Nordeste possui relações “indissociáveis” com a melhoria das condições de vida da população proporcionadas pelo ex-presidente Lula.
Não nos apresentamos como senhores da razão, mas não podemos nos apresentar como ingênuos. A senadora Simone tem legitimidade, competência, mas se deparou, até pelo curto período para fazer a pré-campanha [com] as mesmas dificuldades que João Dória, Ciro Gomes e Eduardo Leite tem”, afirmou em entrevista à CNN.
E continuou: “Essa autonomia será dada em conformidade com as estratégias locais. Foi assim na Paraíba, e não estou desconhecendo o valor e qualidade a tudo aquilo que encerra a pessoa da nossa companheira Simone Tebet”, afirmou.
Veneziano afirmou que a apresentação oficial da chapa de Lula será feita no dia 7 de maio.
O jantar
O jantar foi na casa do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE) e, apesar das justificativas, mostrou que boa parte do MDB não confia que a candidatura de Tebet irá "vingar", considerada uma aventura num momento de "reconstrução" democrática.
Os senadores do MDB afirmaram que o partido só vai definir em agosto, durante a convenção partidária, qual será a posição a ser adotada, mas, pelo visto, alguns torcem e trabalham, afinal um jantar como esse serve para isso, para mostrar que o mais viável, agora, é entrar de cabeça na candidatura de Lula.
Emedebistas experientes no "negócio" têm certeza que não dá mais tempo para uma terceira via emplacar, por isso, querem embarcar na candidatura petista e garantir apoio nos estados o mais rápido possível. Um deles parece ser Vené.
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