Os pré-candidatos ao Senado, Bruno Roberto (PL), e ao governo da Paraíba, Nilvan Ferreira (PL), tinham que estrelar sozinhos ao lado do presidente Bolsonaro, na primeira parte da visita do presidente à Paraíba. Afinal, são os nomes do partido do presidente na disputa deste ano.
Não foi o que aconteceu. Eles tiveram que “engolir” os adversários Efraim Filho (UB), pré-candidato ao Senado, e Pedro Cunha Lima (PSDB), pré-candidato a ocupar o Palácio da Redenção.
Efraim chegou a ser vaiado, mas, mesmo com o momento de certo constrangimento, ele se manteve no palanque e deu o recado ao lado de Pedro Cunha Lima. Os dois participaram da inauguração do primeiro lote da obra do Canal Acauã-Araçagi.
Demonstraram que estão dispostos a se aproximar do bolsonarismo, querem os votos dos eleitores bolsonaristas e não vão permitir que Bruno e Nilvan tenham a exclusividade desse público. Bolsonaro, por sua vez, não tem motivos para negar esse apoio.
O desembarque dos tucanos nesse campo, por sua vez, é sintomático. Demonstra que estão abertos a unir forças numa composição para derrotar o principal adversário, o governador João Azevêdo (PSB), seja no primeiro turno, ou no segundo.
Em um primeiro turno, se necessário, já se fala em uma composição de Pedro com Nilvan (cabeça de chapa e vice), Efraim segue na disputa pela vaga ao Senado e Bruno Roberto vai para primeira suplência.
Por enquanto, é conjectura e ninguém quer falar nisso para não enfraquecer o discurso. Mas, resultados de pesquisas e a temperatura eleitoral, quando outubro se aproximar, vão definir o que vai acontecer.
O mais difícil já aconteceu: a porta foi aberta e todos subiram, mesmo com constrangimentos e ciumeira, no mesmo palanque.
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