CONVERSA POLÍTICA
De camarote, oposição se "diverte" com a guerra na base governista
Aguinaldo (Progressistas) e Hugo Motta (Republicanos) travam, publicamente, com todas as feridas expostas, um conflito sangrento para o governo.
Publicado em 17/06/2022 às 18:59 | Atualizado em 18/06/2022 às 1:35
Quem achava que estava tudo resolvido após Aguinaldo Ribeiro (PP) decidir o futuro político-eleitoral dele, na base governista, está boquiaberto com a guerra de declarações que se sucede.
O deputado federal do Progressistas e Hugo Motta (Republicanos) travam, publicamente, com todas as feridas expostas, um conflito sangrento para o governo.
Nas entrevistas, Motta escancarou o descontentamento do Republicanos, que perdeu a possibilidade de indicar o/a vice na chapa. Ou, no mínimo, colocar suas digitais na composição.
Não gostou do prato feito de Aguinaldo que, de maneira estratégica, após meses cozinhando, conseguiu a vaga, mesmo sinalizando que queria outro espaço, o Senado. Livrou-se do risco, assumiu protagonismo, e deu um recado ao Republicanos que o preteriu.
A oposição está no camarote se divertindo com a discórdia. Guerra boa para quem ganha com o caos.
Hugo e Aguinaldo buscam a própria razão nas versões sobre como querem se posicionar ao lado do governador, mas sem, aparente, compromisso com a união entre eles e de todo o grupo.
Focam nas divergências públicas quando deveriam, internamente, buscar o consenso.
Resultado: expõe João Azevêdo (PSB), que precisa assumir efetivamente a condução, negociar, resolver. É urgente.
Se deixar o vento transformar as brasas em fogo, verá o projeto de reeleição queimando nas chamas, nas fogueiras de São João.
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