CONVERSA POLÍTICA
Petrobras dá sinal verde para aumento de combustível e Bolsonaro se manifesta
De acordo com o blog do Valdo Cruz, do G1, o reajuste deve ser anunciado nesta setxa-feira (17) e será aplicado apenas para o diesel, devendo superar 10%.
Publicado em 17/06/2022 às 9:43 | Atualizado em 17/06/2022 às 10:31
Em reunião extraordinária nesta quinta-feira (16), o Conselho de Administração da Petrobras deu sinal verde para o aumento de combustível. De acordo com o blog do Valdo Cruz, do G1, o reajuste deve ser anunciado nesta sexta-feira (17) e será aplicado apenas para o diesel, devendo superar 10%. A empresa ainda vai definir o tamanho do aumento e a data para anunciar a decisão.
A reunião foi convocada pelo presidente pelo presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Márcio Weber.
Segundo membros da diretoria, a defasagem entre os preços internacionais e o praticado pela Petrobras supera atualmente os 20% no caso do diesel. Já a defasagem no preço da gasolina caiu para cerca de 5%, depois de medidas adotadas pelos Estados Unidos.
A diretoria argumenta que a única forma de evitar o aumento seria a concessão do subsídio, o que não foi autorizado pelo governo.
O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para se manifestar contrário ao aumento. Ele teme que a inflação, em especial de itens como gasolina e diesel, comprometam sua imagem junto ao eleitorado e a sua tentativa de reeleição.
O Governo Federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobrás em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais", publicou, no Twitter.
Na avaliação do presidente, "a Petrobrás pode mergulhar o Brasil num caos. Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo".
A Petrobras argumenta que é obrigada a praticar os preços internacionais. Se o preço do petróleo e seus derivados subir lá fora, ela deve reajustar os valores aqui dentro também. A empresa alega ainda que, se segurar os preços artificialmente, os importadores privados podem desistir de atuar no Brasil, o que pode levar à escassez de combustível.
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