Câmara pode votar proposta de Efraim que altera regras do Fundo de Participação dos Municípios

Segundo o texto, a partir de 2024 os municípios que teriam redução automática dos índices contarão com uma redução gradativa de 10% ao ano ao longo de dez anos.

Efraim Filho (União Brasil), candidato ao Senado, em entrevista à CBN Paraíba. Foto: Elza Cruz/TV Cabo Branco

Os prefeitos de municípios que podem perder recursos com o resultado do Censo 2022 estão de olho na pauta de votação da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (25). Aqui na Paraíba pelos menos 19 nessa situação.

Um estudo realizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) estima que os municípios da Paraíba percam R$ 83,53 milhões com a mudança.

Em sessão marcada para as 13h55, os deputados podem analisar proposta que prevê transição de dez anos para a vigência de novos parâmetros de distribuição de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

De autoria do ex-deputado Efraim Filho (PB), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 139/22 propõe essa transição para os municípios serem reenquadrados em índices de distribuição de recursos do FPM em razão dos dados de população a serem divulgados pelo IBGE obtidos com o Censo 2022.

A diminuição da população leva à diminuição dos valores a receber do fundo. Os dados finais do Censo 2022 devem ser divulgados no fim de abril deste ano.

Segundo o texto, a partir de 2024 os municípios que teriam redução automática dos índices contarão com uma redução gradativa de 10% ao ano ao longo de dez anos.

TERIAM REDUÇÃO DE POPULAÇÃO  e RECURSOS NA PB 

  1. Água Branca
  2. Arara
  3. Barra de Santa Rosa
  4. Bayeux
  5. Belém
  6. Bonito de Santa Fé
  7. Cachoeira dos Índios
  8. Cacimba de Dentro
  9. Cruz do Espírito Santo
  10. Imaculada
  11. Itabaiana
  12. Itaporanga
  13. Juripiranga
  14. Natuba
  15. Nova Floresta
  16. Pirpirituba
  17. Sumé
  18. Tacima

Outros projetos 

Sanemaento básico- Também na pauta estão vários requerimentos de urgência. Um deles é para o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 111/23, do deputado Fernando Monteiro (PP-PE), que suspende trechos da regulamentação da Lei do Saneamento Básico.

O texto suspende partes do Decreto 11.467/23. Segundo o autor, o decreto distorceria o conceito de estrutura regionalizada da prestação dos serviços de saneamento a fim de evitar a licitação.

Um dos trechos do decreto permite que um município participante de governança interfederativa metropolitana nesse setor possa contar com prestação direta de saneamento por entidade estadual no âmbito da prestação regionalizada do serviço.

Registro de armas – Outro projeto de suspensão de decreto federal que depende de urgência para ser analisado é o PDL 3/23, do deputado Sanderson (PL-RS) e outros, que pretende suspender o Decreto 11.366/23 sobre o registro de armas.

O decreto suspende os registros para a compra e transferência de armas e de munições de uso restrito por caçadores, colecionadores, atiradores e particulares e restringe a quantidade de armas e munições de uso permitido.

Também suspende a concessão de novos registros de clubes e de escolas de tiro e a concessão de novos registros de colecionadores, de atiradores e de caçadores. Para os autores, o decreto “limita sobremaneira o livre exercício esportivo” de quem tem essas armas.

Com informações da Agência Câmara