CONVERSA POLÍTICA
Reajuste na conta de luz: tarifa da ‘bandeira extra de escassez’ é 49% mais cara
A 'bandeira tarifária escassez hídrica' vai adicionar R$ 14,20 às faturas para cada 100 kW/h consumidos.
Publicado em 31/08/2021 às 19:50 | Atualizado em 31/08/2021 às 21:59
A partir desta quarta-feira (1°), as contas de luz em todo o país estarão muito mais caras para o bolso do consumidor. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a implantação de um novo patamar de bandeira tarifária.
A 'bandeira tarifária escassez hídrica' vai adicionar R$ 14,20 às faturas para cada 100 kW/h consumidos.
A nova bandeira representa uma alta de 49,63% em relação à bandeira vermelha patamar 2, que era a mais alta do sistema e estava em vigor nos últimos meses.
Para quem espera que seja algo temporário, a má notícia é que, segundo a Agência, a nova bandeira deve permanecer em vigor até 30 de abril de 2022. Até agora, a cor da bandeira era definida mês a mês.
Argumentos
O argumento do governo é que houve déficit de arrecadação superior a R$ 5 bilhões, além dos altos custos verificados, destacadamente de geração termelétrica.
Também é pontuado pela Aneel a piora da crise hídrica, "que tem exigido medidas adicionais do setor elétrico para não faltar energia em outubro e novembro – os meses que serão os mais críticos do ano".
Ainda segundo o governo e a Aneel, a bandeira "escassez hídrica" provocará aumento de 6,78% na tarifa média da conta de luz dos consumidores regulados (atendidos pelas distribuidoras). Os cidadãos que aderem à tarifa social não serão afetados pela nova bandeira.
O sistema de bandeiras tarifárias é uma cobrança adicional que sinaliza e repassa ao consumidor o custo da produção de energia. A bandeira vermelha patamar 2 é a mais cara do sistema.
Nesta terça, o governo também anunciou que dará desconto de R$ 0,50 por kWh economizado nas faturas dos próximos meses para os consumidores que pouparem entre 10% e 20%.
Com informações do G1
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