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CONVERSA POLÍTICA

Opinião: Folia de Rua não precisa de privatização, mas tem que deixar de ser uma festa amadora

O debate ganhou força após aprovação na Câmara de Vereadores de João Pessoa de criação de um Comitê Gestor dos Blocos Tradicionais no Período de Pré-Carnaval em João Pessoa.

Publicado em 25/08/2023 às 9:59 | Atualizado em 25/08/2023 às 10:24


                                        
                                            Opinião: Folia de Rua não precisa de privatização, mas tem que deixar de ser uma festa amadora
Bloco Virgens de Tambaú | Foto: Rafael Passos/PMJP

A polêmica está lançada e foi parar na mão do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), que pode sancionar ou vetar projeto que cria o Comitê Gestor dos Blocos Tradicionais no Período de Pré-Carnaval em João Pessoa.

A proposta é de autoria do vereador Marcílio do HBE (Patriota) e foi aprovada pela Câmara de Vereadores da capital.

A ideia geral é disciplinar/organizar as estruturas, horários e formatos da festa na ‘Via Folia’, área onde acontece o pré-carnaval, entre o bairro de Miramar, passando pela Avenida Epitácio Pessoa, até a orla de Tambaú/Cabo Branco.

Mas, entre as funções do Comitê estão algumas que parecem ter motivado a polêmica de forma mais intensa.

Entre elas: estabelecer parcerias, patrocínios com órgãos públicos, entidades e empresas privadas visando garantir o apoio logístico, comercial, estrutural e de segurança necessários para a realização dos desfiles.

E, ainda, contratar, captar, autorizar empresas para realização de eventos, bem como captação recursos financeiros públicos ou privados.

Para muitos, os pontos seriam uma tentativa de privatização do pré-carnaval. Uma abertura para o processo. Ainda mais porque a proposta veio de um vereador que é dono de um bloco privado da capital.

A criação de um Comitê, por sua vez, mexe com uma estrutura 'cristalizada', ou seja, esvazia a função da Associação Folia de Rua, que une blocos e organiza o pré-carnaval na cidade, há mais 30 anos.

A Associação 'capitaneia' as críticas mais duras ao projeto de HBE.

De fato, é preciso ficar atento à possibilidade de privatização da festa, no modelo que diminui os espaços públicos, mas não podemos perder de vista que a iniciativa privada é fundamental para bancar a folia.

O modelo que perdura de dependência do poder público é arcaico e amador.

Entra ano e sai ano e o Folia de Rua e seus blocos ficam 'com pires na mão' esperando dinheiro da prefeitura ou de emendas parlamentares.

Teve um ano que a festa de alguns blocos só aconteceu após a liberação de R$ 300 mil em emendas de um deputado. Em um outro, o artista principal de um dos blocos mais festejados quase não sai porque não tinha garantia de pagamento.

A prefeitura, como avalista e não como principal patrocinador, e "organizadores", seja num Comitê ou Associação, precisam pensar na festa de um ano, assim que acaba a folia do ano anterior.

Com um projeto na mão, bater na porta de empresas privadas para conseguir patrocínio, captar recursos, fechar espaços e garantir profissionalismo na gestão.

Horários de saída dos trios, ordem, distância entre eles. Tudo isso também precisa ser organizado, com punição para os blocos que não agirem com profissionalismo. Bem como, promover a padronização e segurança nas barracas de ambulantes.

A decisão do prefeito

A decisão sobre criar ou não o Comitê está na mão do prefeito Cícero Lucena. A ideia de privatização está "na praça" e ela é politicamente prejudicial ao gestor, que pode mergulhar em mais uma polêmica.

Por outro lado, tem a pressão de vereadores e auxiliares de Cícero que entendem que o Comitê pode ajudar a melhorar a festa. Tem meio termo? Talvez, mas vamos esperar a decisão do prefeito.

Imagem ilustrativa da imagem Opinião: Folia de Rua não precisa de privatização, mas tem que deixar de ser uma festa amadora

Angélica Nunes Laerte Cerqueira

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