Defesa de ex-funcionárias do Hospital Padre Zé contesta motivo da prisão e recorre ao TJ

Jannyne Dantas e Amanda Duarte foram alvo de mandato de prisão preventiva, no Operação Indignus, na última sexta-feira (17).

Operação cumpre mandados de prisão contra padre Egídio, Jannyne Dantas e Amanda Duarte

A defesa das ex-funcionárias do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte Silva Dantas pediu a revogação da prisão preventiva, determinada na última sexta-feira pelo desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba. O recurso, a que o Conversa Política teve acesso, foi protocolado neste domingo (19).

A tese é de que os motivos apresentados pelo Gaeco do Ministério Público, de que elas poderiam obstruir o trabalho da Justiça, são ‘frágeis’ para justificar a privação de liberdade.

De acordo com a defesa, o MP alega que os celulares apreendidos evidenciariam uma orquestração para “apagar os rastros dos malfeitos, combinando para a troca dos telefones, mudanças de senhas dos e-mails institucionais dentre outras atividades que apontam para um conluio criminoso em defesa da manutenção das coisas como estão”.

As conversas teriam acontecido num grupo de Whatsapp logo após Samuel Segundo, ex-coordenador de Tecnologia do Padre Zé, ter sido desligado do cargo.

“tal diálogo fora totalmente DESCONTEXTUALIZADO, e valorado de forma contraditória à factualidade, atribuindo a prova valor diverso daquele que ela realmente detém, e portanto, é contraditório ao cotejo dos autos e das provas colacionadas, conforme passaremos a demonstrar”, argumenta o advogado Diogo Wallace.

Entenda o caso

Jannyne Dantas e Amanda Duarte foram alvo de mandato de prisão preventiva, no Operação Indignus, na última sexta-feira (17). Elas são acusadas de participação, junto com o Padre Egídio, em um esquema de desvio de recursos no Hospital Padre Zé que chegam a R$ 140 milhões de reais.

Elas foram presas em uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal em Mamanguape, indo em direção para o Rio Grande do Norte.

Após passar por audiência de custódia, ainda na sexta, Jannyne foi conduzida para o presídio Júlia Maranhão, em João Pessoa, e Amanda teve a prisão preventiva convertida em domiciliar por necessidade de prestar cuidados ao filho de 4 meses.