Opinião: em qualquer época, Azevêdo seria criticado por tirar férias

Vamos ser sinceros: nos últimos dois anos, em qualquer período, o governador João Azevêdo (PSB) seria criticado por tirar férias.

Imagine, por exemplo, se ele tirasse uns dias de folga no meio da pandemia, mesmo naquelas épocas de queda nos números?

Se fosse no Carnaval? Haveria crítica. Se fosse no Natal ? Também. Se fosse no período da eleições para prefeitos? Sem dúvida.

Em resumo, não haveria tempo bom.

Tudo bem que ele foi "descansar" no momento em que sua base anda preocupada, agitada. Digamos, angustiada. Mas ele, talvez, precisasse desse tempo para pensar. Pensar no que não pode mais perder.

A oposição cumpre seu papel. Vê problema em tudo e tira proveito do que de fato pode ser um problema (principalmente em período eleitoral). Vai falar do vinho que é caro, do hotel que é um absurdo, dos problemas do estado que foram deixados de lado. Faz parte e basta saber se a retórica vai colar.

Se não tiver dinheiro público envolvido, não há problema. Se ele deixou no comando um sucessor legítimo, não há problema.

Estranho é ver governistas fazendo críticas veladas. No mínimo, teriam que defender. Mas tem uns que silenciam e isso é um mau sinal com governador em férias ou na ativa.

Quem, na base, saiu em defesa das férias do governador ? Quem apresentou argumentos bons? Não ter "para-choque" é a maior preocupação que um governador em campanha para reeleição deve ter.