João ‘enterra’ tese de candidatura própria sonhada por aliados e diz que PSB vai apoiar Cícero

O governador João Azevêdo (PSB) colocou uma pá de cal na teoria de que o PSB terá candidatura própria nas Eleições 2024.

O governador João Azevêdo (PSB) colocou uma pá de cal na teoria de que o PSB terá candidatura própria nas Eleições 2024. Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (20), ele disse que respeita a autonomia dos correligionários do PSB, mas, apesar das insatisfações, o partido vai apoiar o projeto à reeleição de Cícero Lucena (Progressistas) nas eleições do próximo ano.

Segundo João, existe liberdade no PSB para cada parlamentar emitir sua opinião sobre qualquer fato. “Não existe censura por parte da presidência no sentido de que o deputado emita a sua opinião, mas são opiniões individuais. Quando o partido for para a disputa no próximo ano terá uma posição única e coesa”, disse, afirmando que aliança com Cícero está mais firme do que nunca.

[O PSB] não vai lançar, não terá candidato, já disse repetidas vezes, eu quero que até a chapa se repita [Cícero e Leo Bezerra]”, sacramentou Azevêdo.

A tese vem ganhando força por causa de declarações de aliados do partido, que cobram maior participação na gestão de Cícero, e sugerem uma candidatura própria na capital como contraofensiva.

Esta semana, inclusive, em entrevista à CBN Paraíba, o vice-prefeito Leo Bezerra concordou que a legenda merecia maior espaço, mas espera que a aliança seja mantida com o cadeira de vice reservado na chapa de Cícero. Seu nome segue como o mais cotado para o repeteco da dobradinha.

Nesse processo, o prefeito de São Bento inflamou ainda mais ao publicar ontem uma foto com os pré-candidatos Ricardo Barbosa (em Cabedelo) e Jhony Bezerra (em Campina Grande) ao lado do secretário de Administração, Tibério Limeira (cotado para a disputa em João Pessoa), com a legenda “o futuro chegou”.

Fato é que, apesar dos planos para a capital, o governador João Azevêdo deixou claro hoje que a cartada final é dele. Tergiversa sobre autonomia dos correligionários, mas deixa claro que, no final quem decide é ele, e mandou o recado que espera unidade sobre a sua decisão.