Por LAERTE CERQUEIRA
A vice-governadora Lígia Feliciano (PDT) já deveria ter se pronunciado oficialmente sobre seu estado de saúde e sua recuperação da Covid-19. Boa parte do que a imprensa divulgou, até agora, é fruto de fontes não oficiais. Mas estamos falando da primeira pessoa na linha de sucessão ao governo do Estado, pessoa pública, que deve gerenciar situações como essa de maneira transparente. Tem o direito de se preservar? Sim. Tem obrigação legal? Não. Mas seria o mínimo de satisfação que deve ser dada aos eleitores.
O mesmo acontece com o deputado federal Damião Feliciano (PDT). A informação da assessoria é que ele está com Covid-19 há mais de 10 dias, mas até agora, nenhuma nota oficial. No caso dele, algo mais grave. Foi por meio de fontes não oficiais que a imprensa teve conhecimento que ele está internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Nenhuma informação oficial ainda. Nenhuma nota. Nenhum esclarecimento. Com grau de especulação alto, fala-se que ele está (ou esteve) intubado. Mas ninguém da família confirma, nem o hospital foi autorizado.
Damião faz parte de um “seleto” grupo de 12 deputados federais que representam o povo paraibano. O cientista político Augusto Teixeira lembra que também não há nenhuma exigência legal para que o deputado se pronuncie publicamente.
Porém, como pessoa pública , de alguma forma, a transparência com a situação seria importante.
Augusto Teixeira destaca que nesse contexto em que casos de Covid-19 crescem na Paraíba e no Brasil e que aglomerações voltam a se formar em momentos como o Carnaval, "a transparência por parte de gestores que contraem a doença pode contribuir para um alerta ao público de que a pandemia ainda não terminou. Mais do que nunca, exemplo e liderança do segmento político se faz necessário diante da atual situação da pandemia na Paraíba e Brasil", registra.
