Wallber pede federalização do Caso Padre Zé e transferência de Egídio para presídio federal

Líder da oposição ao governador João Azevêdo (PSB), Wallber também coloca sob suspeita a participação das forças de segurança do estado nas investigações do caso.

Foto: reprodução/youtube ALPB

O deputado Wallber Virgolino (PL) quer que o padre Egídio de Carvalho seja transferido para um presídio federal de segurança máxima e que o ‘Caso Padre Zé’ passe a ser investigado pela Polícia Federal. Na sessão da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) desta terça-feira (20), Walber disse que apresentou um requerimento solicitando tais providências.

O pedido é direcionado ao presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, a quem ele pede que, baseado na legislação, seja encaminhado o requerimento ao Tribunal de Justiça da Paraíba, que deverá tomar providências junto à Justiça Federal para que a transferência de Padre Egídio seja feita.

O entendimento do parlamentar é que o presídio do Valentina, em João Pessoa, onde atualmente Egídio de Carvalho cumpre prisão preventiva desde novembro, em decorrência da Operação Indignus, oferece risco para a segurança e incolumidade.

Líder da oposição ao governador João Azevêdo (PSB) na Casa, Wallber também coloca sob suspeita a participação das forças de segurança do estado nas investigações do caso, que é conduzido pelo Gaeco do Ministério Público.

O Ministério Público é bastante competente pra investigar, mas a Polícia Civil da Paraíba não tem condições morais de continuar auxiliando o Ministério Público. A Polícia Federal tem que entrar no caso”, declarou.

Wallber tem acusado governador e outros agentes públicos de envolvimento no esquema que teria desviado R$ 140 milhões na entidade filantrópica.

Pedido de CPI

Um pedido de instalação de uma CPI para investigar o destino dos recursos públicos ao longo da última década da gestão do Padre Egídio tem sido tentada pela oposição. O pleito, no entanto, encontra a resistência de Adriano Galdino, que entende que o trabalho já vem sendo feito com eficiência pelo MP.

“Não podemos a questão do Padre Zé deixarmos que se apague. A Assembleia tem um dever moral de cobrar que as autoridades deem celeridade e que o Padre Egídio delate todo esse esquema de corrupção”, enfatizou Wallber, em sua pronunciamento.