FHC e Lula se reencontram para conversar. O Brasil democrático precisa deles. Festejemos!

O encontro ocorreu na semana passada, mas está sendo noticiado nesta sexta-feira (21).

O reencontro (melhor assim) entre os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto/Twitter) foi na casa do ex-ministro Nelson Jobim, que é amigo dos dois.

Meus amigos de esquerda me censuram porque admiro FHC. Mas é verdade. Admiro, sim. Como admiro Lula. Mesmo quando discordo deles.

Já passou da hora de reconhecermos que FHC e Lula, com os erros e com os acertos cometidos enquanto estiveram no poder, deram uma contribuição inestimável e imprescindível ao processo de reconstrução da democracia brasileira.

Isso, a História não vai tirar deles.

FHC vai completar 90 anos no dia 18 de junho.

Lula, que fará 76 em 27 de outubro, pretende disputar a presidência no ano que vem.

Os brasileiros que acreditam na manutenção da democracia, no respeito à Constituição Cidadã de 1988, na necessidade de tirar a ultradireita do poder - esses brasileiros precisam compreender que esse diálogo entre FHC e Lula é indispensável.

Um é do PSDB. O outro é do PT. Óbvio que não estarão unidos no primeiro turno. Um vai falar mal do outro, etc.

Mas os dois, como vozes pertencentes de verdade ao jogo democrático, vão precisar, com a força que têm, fazer em 2022 o que não foi feito em 2018.

A sucessão de Bolsonaro passa por eles, seja qual for o papel que venham a desempenhar.

Jovens, FHC e Lula já distribuíram panfletos lado a lado em porta de fábrica.

Velhos (sim, são dois homens velhos) é que precisam reunir a experiência de vidas dedicadas à política e ao Brasil para que encontremos os caminhos que nos tirarão do buraco no qual fomos todos atirados.

FHC e Lula juntos?

Conversando?

Convergindo?

Divergindo?

Lavando roupa suja?

O Brasil democrático necessita deles assim.

Festejemos!