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POLÍTICA

João Azevêdo anuncia que abastecimento de água em Campina Grande vai ser regularizado segunda

Segundo governador, Cagepa vai à Justiça para barrar tentativa de municipalizar serviço; Romero defende decreto e rebate governador.

Publicado em 22/03/2019 às 17:21 | Atualizado em 23/03/2019 às 8:22


                                        
                                            João Azevêdo anuncia que abastecimento de água em Campina Grande vai ser regularizado segunda

O governador João Azevêdo anunciou na tarde desta sexta-feira (22) em Campina Grande que todo o sistema de bombeamento de água para a cidade, a partir da estação de Tratamento de Gravatá, começará em 20 horas. No entanto, confirmou que abastecimento integral deve ser se normalizado em 72 horas, na segunda-feira (25). A previsão inicial da Cagepa seria domingo (24). Ele criticou o decreto de Calamidade Pública, baixado pelo prefeito Romero Rodrigues e adiantou que a Cagepa acionará a Justiça para barrar qualquer eventual tentativa de a prefeitura municipal campinense de municipalizar e privatizar os serviços de água.

Uma pane elétrica na estação de Gravatá queimou quatro transformadores e os cabos, na sexta-feira (13), provocando a suspensão no abastecimento de água em nove cidades, entre elas, Campina Grande. João Azevêdo disse que, além da investigação policial, o governo contratou uma consultoria para apurar os motivos da pane, se foi acidente ou provocado.

O governador e a vice-governadora Lígia Feliciano se reuniram com o presidente da Cagepa, Marcus Vinicius, técnicos da companhia e secretários. Depois, o governador concedeu  entrevista coletiva. O gestor ressaltou que, em sete dias, a subestação de energia em Gravatá foi reconstruída, um investimento de R$ 4 milhões. A obra permite que as bombas funcionam até em horários de pico de energia, o que vai fazer com que o custo fique muito caro, além do prejuízo que a empresa sofre porque deixa de fornecer.

“Esses na verdade são os fatos, essa é a realidade. Em sete dias nós conseguimos reconstruir uma subestação que teria capacidade de abastecer uma cidade de 100 mil habitantes se fosse só para abastecimento de iluminação", afirmou o governador, acrescentando que o governo disponibilizou 50 carros-pipa.

Crítica ao decreto

O governador ainda alfinetou o decreto de Estado de Calamidade Pública, assinado pelo prefeito Romero Rodrigues. “Ao invés de politizar, ao invés de se estabelecer decretos, teria sido muito bom que outros parceiros tivessem entrado, colocando carros-pipa à disposição da população. Nós tivemos a solidariedade do sindicato da construção civil, solidariedade de vários segmentos da população. Infelizmente, alguns setores, politizando a questão, preferiram a espetacularização na imprensa”, frisou João Azevêdo.

Privatização do serviço de água

Ainda na entrevista, o governador criticou a sanção pelo prefeito Romero Rodrigues da lei municipal que permite a concessão dos serviços de água e esgoto para a iniciativa privada, em Campina Grande. Se a prefeitura realizar licitação, a Cagepa vai tentar barrar na Justiça, como ocorreu em Santa Rita.

“Nós vamos continuar defendendo os interesses da não privatização do sistema de Santa Rita e de Campina Grande. Qualquer outra cidade que for nessa direção vai ter a posição contrária e vamos sim buscar na Justiça os direitos que essa companhia tem. Afinal de contas, uma privatização de um sistema, como esse de Campina, que não produção da água, como seria feito o ressarcimento a Cagepa ao longo de todos esses anos com relação a esse sistema?”, indagou João Azevêdo com misto de reprovação.

Romero rebate

O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB), rebateu as críticas feitas pelo governador João Azevêdo (PSB), que concedei entrevista coletiva, nesta sexta-feira (22), ao Decreto de Calamidade Pública. O chefe do Executivo campinense está, em Curitiba (PR), participando, como palestrante-convidado, do II Congresso Mundial Smart City Expo.

Por telefone, Romero voltou a dizer que, diante da responsabilidade e compromisso com o povo de Campina Grande, sua atitude foi, sim, propositiva, no sentido de somar aos esforços para que os problemas gerados pelo sucateamento da Cagepa fossem minimizados na cidade.

“Uma série de medidas, com base num decreto de calamidade pública, vêm sendo adotadas desde ontem, após se constatar que a empresa estatal sequer teve capacidade de implementar um plano de contingência. Destaca, ainda, contato pessoal, com o comando do Corpo de Bombeiros na cidade e com o gerente local da empresa, Ronaldo Menezes, oferecendo apoio”, explicou o prefeito.

Privatização

O gestor campinense voltou a lembrar que o debate sobre a concessão da Cagepa para exploração dos serviços em Campina Grande teve início a partir de uma ação judicial movida pelo ex-prefeito Veneziano Vital do Rêgo, atual senador pelo PSB, partido de João Azevedo, em 2006. Na ocasião, a Justiça indeferiu o pedido, alegando que àquela altura ainda não tinha vencido o prazo da concessão, o que só veio a ocorrer em 2014, quando foram completados exatos 50 anos.

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Josusmar Barbosa

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