Pedro assume oficialmente comando do PSD e adota tom de "unidade" da oposição para 2026

Novo presidente do PSD na Paraíba, o ex-deputado federal Pedro Cunha Lima adotou o tom de "unidade" da oposição para as eleições de 2026, durante o evento do partido realizado na manhã desta segunda-feira (28), em João Pessoa, em que foi confirmado como novo comandante da sigla em âmbito estadual.

Mesmo como pretenso candidato para a disputa ao Palácio da Redenção, o político se colocou à disposição do projeto oposicionista e lembrou que a decisão final será do grupo de aliados. Ele chegou ao local do evento acompanhado do presidente nacional da sigla, o ex-ministro Gilberto Kassab.

O evento contou com as participações de outros pré-candidatos da oposição, a exemplos do senador Efraim Filho (União), do deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) e do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União).

O ex-ministro Gilberto Kassab disse que a escolha por Pedro como novo presidente da legenda, além de uma decisão partidária, tem como pano de fundo a política pública pensada para o estado. "A posse de Pedro é apenas um pretexto para que tenhamos um grupo unido e que possa ser ampliado", disse o ex-ministro.

Questionado, Kassab reforçou que as decisões políticas caberão à instância estadual do partido.

Também participaram do evento o senador Veneziano Vital do Rego (MDB), os deputados estaduais George Morais (União), Camila Toscano (PSDB), Fábio Ramalho (PSDB), Tovar Correia Lima (PSDB), Anderson Monteiro (MDB) e Taciano Diniz (União), e o deputado federal Ruy Carneiro (Podemos).

DISCURSOS

Em discursos, as lideranças reforçaram a disposição de manter "a unidade" do grupo e criticaram a política do governador João Azevêdo (PSB). "A oposição chega preparada, unida e competitiva, e vamos derrotar o governo em 2026", afirmou Efraim. "O melhor nome disputará as eleições", reforçou.

Os oposicionistas também criticaram pontos da administração estadual, que na avaliação deles carecem de mais eficiência, a exemplos da Segurança Pública e da Educação. Também foi lembrada a "Operação Indignus", que investiga desvios de recursos públicos enviados ao Hospital Padre Zé, com possível participação de agentes públicos.

Já o senador Veneziano Vital do Rego classificou a pauta governista de "monólogo". Ele defendeu a apresentação de uma "alternativa" pelo grupo oposicionista. "Daremos uma oportunidade de que os paraibanos conheçam a nossa tese e em tempo hábil", afirmou o senador.

Bruno Cunha Lima e Romero Rodrigues elogiaram ascensão de Pedro no PSD e reforçaram o discurso de que decisão sobre a candidatura será definida a partir de uma coesão política.

Pedro defendeu que a definição ocorra até o mês de outubro deste ano. "Acima de qualquer nome, existe uma unidade preservada. No momento certo definiremos o candidato", reafirmou.