Polícia prende na Paraíba chefe de milícia investigada em morte de Marielle Franco

Prisão aconteceu na cidade de Queimadas

Polícia prende na Paraíba chefe de milícia investigada em morte de Marielle Franco
Foto: reprodução

A Polícia Civil da Paraíba prendeu hoje um homem apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como sendo um dos chefes de uma milícia daquele Estado. A organização criminosa foi citada em uma reportagem da revista Veja, em 17 de julho deste ano, pela viúva do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega (morto na Bahia e investigado por chefiar milícias no Rio), ao falar sobre quem teria matado a vereadora Marielle Franco (RJ).
A prisão foi realizada por policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), no município de Queimadas/PB. Almir Rogério Gomes da Silva estava na companhia de outro homem, que também foi preso. A ação contou com o apoio da 2ª Superintendência de Polícia Civil.

O nome do alvo principal está no site www.disquedenuncia.org.br, do Rio de Janeiro. Ele já foi denunciado pelo Ministério Público do RJ, que pediu a condenação do investigado com base no assassinato de Eliezio Victor do Santos Lima, em outubro de 2018.

De acordo com o delegado Diego Beltrão, da Draco, as investigações descobriram que esse homem cometeu outro assassinado naquele Estado, no dia 03 de junho deste ano, o que pode ter sido o motivo para ele fugir para a Paraíba.
“Parte dos milicianos ligados ao homem capturado em Queimadas hoje foi presa em operações policiais naquele estado. Mas ele, que é um dos chefes desse grupo”, disse o delegado.
Autoridades policiais do RJ já tomaram conhecimento da prisão desse homem na Paraíba e confirmaram a periculosidade do criminoso.

Indícios e delação na Veja

Em entrevista à revista Veja, a viúva do capitão Adriano disse à reportagem que seu então marido foi procurado por milicianos da Gardênia Azul para “traçarem um plano de matar Marielle”, porém o ex-oficial da PM teria se recusado a participar.
A vereadora estaria causando prejuízos tanto à milícia da Gardência Azul – que tem como um dos chefes o homem preso pela Polícia Civil da Paraíba – quanto ao grupo miliciano de Adriano.