O ex-prefeito Romero Rodrigues (PSD) não é mais nenhum neófito na política. Tem uma trajetória longa, com passagens pelo Legislativo e por dois mandatos na prefeitura de Campina Grande. Mas hoje ele vive um dia ‘D’; certamente um dos mais importantes de sua biografia.
Terá que dizer, textualmente, se continuará com o time ao qual pertence desde o Legislativo campinense ou se seguirá carreira solo, incorporando o tamanho que as ruas já lhe deram há tempos – de uma liderança política com estatura e peso independentes, que permitem caminhar sob o próprio ‘norte’.
Na política, aliás, todos os que se tornam grandes têm, vez por outra, que provar para os demais a extensão de sua envergadura.
Em outras palavras: o crescimento de uma liderança impõe decisões e/ou rupturas inevitáveis.
Hoje, o ex-prefeito campinense vai dizer aos membros de seu antigo partido, o PSDB, se prossegue ou não com a sua pré-candidatura ao Governo do Estado. E se está disposto a fazer uma aliança com o lado oposto do rio, o governador João Azevêdo (Cidadania).
Os tucanos já avisaram que não embarcarão juntos, no mesmo projeto, caso a decisão seja por uma aliança com Azevêdo.
E ainda há, nesse ambiente, um outro ponto a ser considerado.
O grupo que pressiona é o mesmo que tem lavado as mãos, durante a pré-campanha, para o projeto de Romero com vistas ao Palácio da Redenção. Com exceção de uma coletiva de imprensa e de declarações soltas, pouco se viu de ações concretas para tentar viabilizar a candidatura do ex-prefeito.
Experiente, Romero sinaliza que percebeu isso e caminhou para uma aproximação gradual com Azevêdo.
No dia ‘D’, o ex-prefeito decidirá se reafirmará sua liderança ou se permanecerá como coadjuvante. Os ventos turbulentos de Brasília sinalizam para o início de uma caminhada solo.
O ex-prefeito demonstra querer conquistar a sua ‘emancipação política’ no Estado.
Se Romero fizer aliança com o desgovernador da Paraíba, tem mais a perder que a ganhar, Campina Grande despesa esse comunista, se ele fechar com João perde meu voto, e provavelmente o voto de parte considerável dos campinenses.
Se Romero se alinhar ao desgovernador João Azevedo que deu fim ao dinheiro público dos cofres da nação brasileira enviado para construção de hospitais de campanha e compras de respiradores já perdeu meu voto, moro em Lagoa seca vizinha de Campina Grande
Onde Romero estiver estarei com ele