Efraim rompe com João Azevêdo. E quem mais vai com ele?

Deputado anunciou que apoiará Pedro Cunha Lima

Foto: Maurílio Júnior
Efraim rompe com João Azevêdo. E quem mais vai com ele?
Foto: Maurílio Júnior

O deputado Efraim Filho (União) oficializou hoje o seu rompimento político com o governador João Azevêdo (PSB). A decisão vinha sendo desenhada há dias. O grupo ‘Morais’ deixará a base depois de não encontrar espaço na chapa governista.

Efraim vinha tentando há meses ser escolhido como candidato ao Senado na chapa governista.

Apesar da pressão, Azevêdo não fechou a questão e, nesse momento, a probabilidade maior de composição é com o deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas).

Com receio de ficar no vácuo, Efraim resolveu compor com o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB), que é candidato ao Governo do Estado este ano. Os dois deverão tentar reeditar a ‘dobradinha’ de 2002, quando Efraim (pai) e Cássio foram juntos para a disputa.

Hoje ele disse que conversou mais com o candidato Pedro, no fim de semana, que com o governador durante “todo o ano”.

“O caminho que nos leva à vitória não é mais ao lado de João Azevêdo”, disse Efraim, anunciando o primeiro encontro público do grupo: quinta-feira, dia 31, em Lagoa Seca.

Nos bastidores, a pergunta que precisa ser feita agora é: quem marchará com o grupo ‘Morais’ para a oposição?

Efraim vinha contabilizando ter cerca de 125 prefeitos. Hoje pela manhã, um deles, o de Cabedelo, já anunciou que seguirá com Efraim. Vitor Hugo antecipou um movimento que deve ser seguido por alguns, mas nem de longe por todos.

Muitos certamente votarão em Efraim, mas ficarão no palanque de João Azevêdo.

Na base de deputados, o cenário deve ser semelhante. Membros do Republicanos, por exemplo, devem seguir com chapa dupla: devem votar em Efraim para o Senado e em Azevêdo para o Governo.

Outros, sobretudo aqueles que estão no União Brasil, devem seguir com ‘chapa fechada’.

A contabilidade dos apoios e o estrago provocado na base serão vistos mais adiante. O rompimento, porém, já é um movimento indigesto para o Governo.