A decisão de ontem do deputado Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) em não disputar o Senado Federal pode, muito bem, ser encaixada dentro de um cenário de casamento. Sobre esse tema, aliás, já tinha publicado aqui que, ao tornar público o convite para Aguinaldo ser o candidato ao Senado da chapa, o governador João Azevêdo (PSB) assumia o risco de ser ‘abandonado no altar’.
Pois bem.
Aguinaldo não abandonou João. Formalizou ontem uma aliança do Progressistas com o Governo, mas prolongou a espera da base por uma candidato ao Senado.
E, ainda, garantiu um pedaço do ‘bolo’ ao assegurar que o partido indicará o candidato a vice na chapa governista.
A opção de Aguinaldo foi pragmática. Diante de instabilidades na base, preferiu o caminho de êxito mais provável. Para o Governo, há quem diga que o movimento foi positivo, já que assegurou mais um partido na base.
Mas o fato é que a desistência embaralhou, ainda mais, o tortuoso processo de formação da chapa governista. Se com Aguinaldo no Senado o governador teria um problema a resolver – a escolha do vice; sem Aguinaldo terá dois: o vice e o candidato ao Senado.
Um deles, aliás, bem maior.
Não há na base, hoje, um nome com projeção já construída para ir para a disputa do Senado. Uma das possibilidades seria repatriar o deputado Efraim Filho (Uniã0). E se ele voltar, cá pra nós, retornará com a imagem desgastada de um ‘foguete’ que, no mínimo, dá meia volta ao sabor das conveniências…
João pagou um preço alto ao fazer apostas…
