Nenhum dos nomes escalados hoje na oposição, como pré-candidatos ao Governo do Estado, tem a capacidade de agregar novos apoios como o ex-prefeito de Campina Grande Romero Rodrigues (PSC). Isso é fato. Pré-candidato à Câmara Federal, ele voltou a ser cogitado para a disputa pelo Palácio da Redenção – dessa vez substituindo o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB).
Mas a menos de 90 dias para a eleição uma nova mudança de rota não é simples.
Sem ampliar o rol de aliados, dificilmente Romero deixará uma eleição tranquila de deputado federal para entrar no embate.
A esperança de quem defende a tese de substituição é a aglutinação de novos apoios, ou o realinhamento na ‘centro-direita’.
Nos bastidores fala-se da possibilidade de ter o comunicador Nilvan Ferreira (PL), hoje pré-candidato ao Governo, ser vice de Romero. Ou da hipótese de atrair o Republicanos para o grupo.
Nessas circunstâncias a candidatura de Rodrigues ganharia força e potencial para a disputa majoritária. Não à toa, o ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB) tem ‘levantado a bola’ para uma eventual substituição.
Mas Romero tem sido cauteloso.
Tem evitado antecipar uma posição sobre o tema. Tem dito que continua com o foco no Legislativo, mas não fecha a porta para um novo projeto.
O curioso é que, lá atrás, quando era pré-candidato ao Governo, o ex-prefeito repetia que não seria candidato sozinho, sem o envolvimento de outros aliados. Hoje, com as mudanças todas no cenário, aparentemente ele continua pensando do mesmo jeito.
Romero parece esperar por uma nova formatação do xadrez político paraibano. Sem isso, é improvável que decida por ‘atirar no escuro’.
