Após ser preso e denunciado pelo MPF, vereador deve voltar hoje às sessões da Câmara de Campina Grande

Licença sem remuneração de Renan Maracajá terminou no último dia 6. Câmara deve se reunir pela primeira vez hoje

Depois de passar 29 dias preso e ser denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) sob a acusação de envolvimento em um esquema de fraudes em licitações na merenda escolar de Campina Grande, o vereador campinense Renan Maracajá (PSDC) deverá voltar a participar nesta terça-feira (08) dos trabalhos em Plenário da Câmara de Vereadores do município. É que terminou no último domingo (06) o prazo de 30 dias da licença, sem remuneração, concedida a ele pela ‘Casa’. Hoje o Legislativo municipal deve se reunir pela primeira vez após esse período.

Renan poderia prolongar o afastamento das atividades por até 120 dias, sem precisar que o suplente assumisse a vaga interinamente na Câmara, mas decidiu retornar às atividades - de acordo com a presidente da Câmara, Ivonete Ludgério (PSD).

Vereador mais votado de Campina Grande nas últimas eleições e ainda em seu primeiro mandato, Renan tem pela frente duas grandes guerras: provar sua inocência, no Judiciário; e restaurar a sua popularidade e vida pública como representante da população campinense. A primeira batalha dessa nova fase é hoje, ao reencontrar o Plenário da Câmara campinense.

Medidas cautelares

O vereador Renan Maracajá foi preso no dia 22 de agosto, durante a segunda fase da Operação Famintos. Ele é apontado pelo Ministério Público Federal como integrante do núcleo empresarial investigado, que teria ‘loteado’ a distribuição de merenda escolar em Campina Grande.

Renan foi solto depois que o Tribunal Regional Federal, em Recife, concedeu um habeas corpus a ele, no dia 19 do mês passado. Mesmo  respondendo ao processo em liberdade, o vereador ainda cumpre determinações impostas pela 4ª Vara da Justiça Federal. Uma delas é a proibição de entrar nos prédios da prefeitura da cidade, exceto durante a sua atuação como parlamentar municipal.