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PLENO PODER

Com R$ 71 milhões contingenciados pelo Governo, UFPB e UFCG têm 30 dias para evitar 'colapso'

Publicado em 30/08/2019 às 15:50 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:40

Instituições já fizeram cortes pontuais, mas temem que falta de recursos inviabilize atividades

O tempo não está ao lado das universidades federais paraibanas. Tanto a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) como a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) terão os próximos 30 dias para encontrar formas de evitar um 'colapso' em suas atividades, caso o Governo Federal não libere os R$ 71 milhões contingenciados do orçamento das duas instituições.

No caso da UFPB, o 'rombo' provocado pelo contingenciamento é de R$ 44 milhões. Na UFCG, a realidade não é diferente. São R$ 27 milhões bloqueados e uma preocupação estratosférica da Reitoria em encontrar soluções para suprir a falta de recursos.

E não é para menos. Quem entende minimamente de gestão pública sabe o quanto é difícil readequar as atividades de uma instituição, de grande porte e complexidade, com a execução do orçamento em curso. Não há planejamento, metas ou cortes que sejam suficientes para 'arrumar a casa' em tão pouco tempo.

Na UFPB há tempos a Reitoria deu início a economias pontuais, como uma campanha para diminuir a conta de energia. Na UFCG, por sua vez, quase metade das bolsas de iniciação científica já foi cortada pela Capes. Mas não é suficiente. Se os recursos não forem desbloqueados, as federais correm o risco de entrar em colapso até o fim do próximo mês.

Na semana passada o ministro da Educação, Abraham Weintraub, sinalizou a possibilidade de desbloqueio dos recursos. Mas a medida depende do aval da equipe econômica de Bolsonaro. Enquanto reitores, professores e estudantes de todo o país não contam com a 'sensibilidade' do Governo Federal, as federais devem passar os próximos 30 dias respirando com dificuldade - esperando, claro, pelo menos um balão de oxigênio.

Imagem ilustrativa da imagem Com R$ 71 milhões contingenciados pelo Governo, UFPB e UFCG têm 30 dias para evitar 'colapso'

João Paulo Medeiros

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