PLENO PODER
Estado não forneceu medicamento com prazo de validade vencido, diz Saúde
Tribunal de Contas emitiu alerta ao Governo por compra de R$ 9,54 milhões em medicamentos irregulares
Publicado em 19/10/2019 às 9:30 | Atualizado em 30/08/2021 às 19:48
O Governo do Estado forneceu em 2019 mais de R$ 100 milhões em medicamentos de alto custo à população. Nenhum usuário recebeu medicamento com a data de validade que pudesse comprometer seu tratamento. É o que afirma a Secretaria de Saúde do Estado, após a divulgação de um alerta pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) de que aproximadamente R$ 9,54 milhões poderiam ter sido comprados com possíveis irregularidades. A SES esclareceu que, embora chame Painel de Medicamentos, o sistema do Tribunal de Contas do Estado apresenta, também, dados de compra de materiais de laboratório. Os itens elencados com prazo de validade próximo do vencimento representam 0,7% das compras, e apenas são recebidos em momentos críticos, quando a necessidade do medicamento é de certa urgência e, mesmo assim, com a garantia de troca por parte do fornecedor se não for utilizado. Por padrão, os contratos realizados pela Secretaria de Saúde para fornecimento de medicamentos, preveem pelo menos 12 meses de validade. "Só recebemos produtos com validade menor daquele estabelecido em contrato quando o fornecedor garante que é único lote disponível no país e com carta de garantia de troca", explicou Felipe Santos, chefe do Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF). Os dados disponibilizados no Painel de Medicamentos do TCE revelam o tamanho do SUS na Paraíba. São mais de R$ 313 milhões investidos, 145,5 milhões de produtos adquiridos, 50 mil notas fiscais. Desses, R$ 179,75 milhões se referem à Rede Estadual de Saúde (57,4%). Conforme dados da SES, do total de medicamentos adquiridos em 2019, mais de 600 mil unidades farmacológicas (cápsulas, pomadas, comprimidos, etc) são medicamentos "extra SUS", ou seja, aqueles que não estão previstos para distribuição no Sistema Único de Saúde, com valor de investimento de aproximadamente R$ 40 milhões em medicamentos como oncológicos, insulinas rápidas e medicamentos para doenças raras.
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