PLENO PODER
Justiça transfere para CG júri de envolvidos em grupo de extermínio
Trio é suspeito de envolvimento em várias mortes na região de Mari
Publicado em 28/09/2019 às 12:26 | Atualizado em 30/08/2021 às 19:48
O Tribunal de Justiça da Paraíba decidiu transferir, para Campina Grande, o julgamento de dois homens acusados de envolvimento em vários assassinatos e de participação em um grupo de extermínio que teria atuação na cidade de Mari. A quadrilha, de acordo com as investigações, teria executado mais de 30 pessoas. José Alex da Silva Araújo, Eronildo da Silva Barbosa e Renato Luiz Barbosa da Silva iriam ser julgados em Mari, mas o juízo da Comarca pediu o desaforamento.
O entendimento é que a transferência vai garantir a imparcialidade do júri e assegurar a segurança dos jurados. "No caso sub examine, a juíza primeva sustenta que os pronunciados são pessoas atreladas à traficância e membros de grupo de extermínio, responsável por diversas execuções na Comarca de Mari, representando séria ameaça à integridade dos jurados e, por conseguinte, à imparcialidade do Júri, salientando, ainda, que a realização do Sinédrio Popular naquela Comarca se tornaria inócua, ante o temor da sociedade em relação à citada organização criminosa", relata o acórdão do Tribunal de Justiça do Estado, que confirmou a transferência do julgamento para Campina Grande.
"O Relatório Policial (fls. 87/93) asseverou que “este homicídio, objeto da presente investigação, é mais um de uma série de homicídios ocorridos em Mari entre os anos de 2011 e 2012, que resultou em pelo menos 32 (trinta e dois) crimes letais contra vida ocorridos nesta cidade", destaca o desembargador Arnóbio Alves Teodósio, que relatou o caso. O julgamento dos réus ainda não tem data para acontecer.
Outro caso
Recentemente um outro julgamento, de réus que fariam parte do mesmo grupo de extermínio de Mari também foi transferido por motivo de segurança para Campina Grande. De acordo com as investigações, José Idelbrando Targino da Silva e Eronildo Barbosa Ricardo fariam parte de uma quadrilha de extermínio responsável por mais de 30 mortes, entre os anos de 2011 e 2013. Os crimes, de acordo com a denúncia do Ministério Público, eram praticados com requintes de crueldade e motivados pelo controle do tráfico de drogas na região de Mari. Em algumas situações, as pessoas eram assassinadas apenas por colaborarem com a polícia.
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