PLENO PODER
Ministro do TCU, Vital Filho é alvo de operação da Polícia Federal autorizada por Fachin
Publicado em 05/11/2019 às 10:20 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:23
Mandados foram autorizados pelo ministro do STF, Edson Fachin. Além dele, senadores do MDB também seriam alvos
A Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira (05) uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão tendo como alvos pessoas com foro privilegiado. Entre os alvos da investigação está o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-senador paraibano, Vital Filho. Além do paraibano, seriam alvos da investigação os senadores Renan Caheiros (MDB-AL) e Eduardo braga (MDB-AM). Vital Filho não foi alvo de mandado de busca, mas foi intimado a prestar depoimento.
Os mandados foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin. "Atendendo às determinações do Ministro Edson Fachin, que assina as ordens judiciais, a Polícia Federal informa que não realizará qualquer tipo de divulgação das ações realizadas desde as primeiras horas da manhã", relata uma nota enviada pela Polícia Federal.
A defesa do ministro Vital Filho informou que ele "é o maior interessado em esclarecer os fatos e, portanto, atenderá a solicitação do depoimento, colaborando com a Justiça, como sempre tem feito".
A Operação
A Operação desta terça-feira se refere a um inquérito aberto em maio do ano passado para investigar supostos repasses de cerca de R$ 40 milhões, da empresa J&F, para políticos do MDB durante a campanha eleitoral de 2014. A ação da PF mira supostos operadores do repasse. Fatos foram relatados na delação premiada fechada em 2017.
As informações partiram das delações da J&F e de Sérgio Machado, da Transpetro. Nos depoimentos, Sérgio Machado disse ter chegado ao conhecimento dele que a JBS, empresa do grupo J&F, faria doações à bancada do MDB do Senado em 2014 no valor de R$ 40 milhões, a pedido do PT.
Ainda de acordo com o delator, seriam beneficiados com a doação os senadores Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR), Eunício Oliveira (CE), Vital do Rêgo (PB), hoje ministro do Tribunal de Contas da União, Eduardo Braga (AM), Edison Lobão (MA), Valdir Raupp (RO) e Roberto Requião (PR), "dentre outros". Depois, a PGR retirou da investigação Jucá, Lobão e Requião. E acrescentou Guido Mantega e Hélder Barbalho.
Com informações do G1 ***
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