MP pede relatório e Romero ganha fôlego na discussão sobre reabertura do comércio de Campina Grande

Prefeitura vai enviar documento com dados sobre serviços de saúde e medidas que serão adotadas, em caso de reabertura

Depois de duas horas de discussões entre o prefeito Romero Rodrigues (PSD) e representantes do Ministério Público Federal (MPF), do Trabalho e da promotoria da Saúde de Campina Grande, o plano de reabrir gradualmente o comércio da cidade ganhou fôlego. É que a prefeitura se comprometeu a apresentar, até amanhã, um relatório de dados e ações que devem ser adotadas para minimizar os riscos de transmissão da Covid-19. O documento será analisado pelos procuradores, que ontem recomendaram a manutenção do fechamento das lojas.

"O Ministério Público está apresentando uma recomendação. Como temos nos pautado pelo diálogo, estamos tentando chegar em ponto de equilíbrio, que possamos abrir com critério técnico", avaliou Romero após a reunião.

Pelo planejamento da prefeitura, as lojas do Centro da cidade irão voltar a funcionar a partir da próxima segunda-feira (20). O funcionamento obedecerá a horários específicos e será acompanhado com a distribuição de 500 mil máscaras na área central. 

Conflito com o decreto estadual

Além da recomendação do Ministério Público, a reabertura do comércio de Campina Grande poderá ter que ultrapassar um eventual decreto do governador João Azevêdo (Cidadania), que anunciou que estenderá as medidas de isolamento social até o dia 3 de maio. Caso isso seja efetivado, a discussão sobre a validade das normas editadas pelo Estado e Município poderá ser definida no Judiciário. 

Por enquanto a recomendação do MP continua valendo, assim como os planos do município. O relatório que será apresentado amanhã, pela prefeitura, é que poderá mudar esse cenário.