PLENO PODER
Mulheres são maioria, mas ocupam pouco espaço na política de Campina Grande
Publicado em 08/03/2020 às 11:24 | Atualizado em 30/08/2021 às 20:36
Último Censo feito pelo IBGE contabilizou mais de 203 mil mulheres na cidade. Das 23 vagas da Câmara, apenas uma é ocupada por mulher
No último Censo feito pelo IBGE, em 2010, as mulheres eram maioria em Campina Grande: 203.008, diante de 182.205 homens. A tendência é de que após dez anos elas se mantenham liderando a população campinense, que hoje ultrapassa os 400 mil habitantes. Mas na política, as mulheres ainda ocupam pouco espaço na cidade.
Um exemplo claro disso é a distribuição de vagas na Câmara de Vereadores. Das 23 cadeiras, apenas uma é ocupada por mulher. Cabe à presidente da 'Casa', vereadora Ivonete Ludgério (PSD), a missão de representar o 'espírito feminino' no Legislativo municipal. Ela, inclusive, tem tentado estimular a participação feminina na 'Casa' e sugeriu, recentemente, que as mulheres tenham pelo menos um assento garantido na Mesa Diretora.
Para além disso, a cidade possui a senadora Daniella Ribeiro (Progressista) como representante no Senado Federal e a vice-governadora do Estado, Lígia Feliciano (PDT), mas ainda é pouco. Não há nenhuma deputada federal, ou estadual, com base eleitoral em Campina Grande.
Na últimas eleições municipais, em 2016, somente uma mulher ocupava espaço nas chapas majoritárias que disputaram a prefeitura. As seis chapas inscritas eram compostas por 11 homens e a candidata à vice-prefeita do PSOL, Rejane Maria. As mulheres campinenses têm talento, preparo e força suficientes para mais espaços. Uma maior participação feminina torna o debate político mais plural e democrático. Afinal, elas são maioria e merecem - além de votar - ser votadas.
Comentários