PLENO PODER
Território Livre: MP denuncia primeira-dama de João Pessoa, ex-vereadora e mais 8 pessoas
Denúncia foi apresentada pelo Gaeco junto com o MP Eleitoral
Publicado em 16/09/2025 às 8:37 | Atualizado em 16/09/2025 às 12:06

Quase um ano após a 3ª fase da Operação Território Livre, que resultou na prisão da primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, o Ministério Público apresentou hoje a primeira denúncia relativa às investigações.
Na denúncia, os promotores reiteram a suposta prática de aliciamento violento de eleitores nas eleições de 2024, além de constrangimento a candidatos e corrupção eleitoral.
No documento os promotores denunciaram dez pessoas por envolvimento no suposto esquema.
De acordo com as investigações, a facção Nova Okaida controlava bairros como São José e Alto do Mateus, impondo restrições à livre manifestação política e ao voto dos moradores. O grupo usava violência e intimidação para cooptar eleitores e candidatos. Em troca, líderes e familiares recebiam cargos e vantagens na Prefeitura de João Pessoa.
Foram denunciados:
• Maria Lauremília Assis de Lucena
• Tereza Cristina Barbosa Albuquerque
• Raíssa Gomes Lacerda Rodrigues de Aquino
• Kaline Neres do Nascimento Rodrigues
• Keny Rogeus Gomes da Silva (Poeta ou Negrão)
• Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos
• Taciana Batista do Nascimento
• David Sena de Oliveira (Cabeça)
• Josevaldo Gomes da Silva
• Jonatan Dario da Silva
A Justiça Eleitoral já recebeu a denúncia, que passa a tramitar contra os acusados.
Lauremília foi presa no dia 28 de setembro do ano passado. Em outubro de 2024 ela foi indiciada pela PF.
Outro lado
Ao Blog, o advogado Walter Agra, que atua na defesa de Lauremília Lucena, disse ter recebido a denúncia com tranquilidade. "Somente agora nós vamos ter oportunidade de esclarecer as ilações feitas nesse processo. A defesa começa a trabalhar a partir de agora. Até porque a questão colocada diz respeito à Segurança Pública, uma temática nacional e que é responsabilidade do Estado", assinalou.
Em nota, o advogado Getúlio Souza, que integra a defesa de Keny Gomes, informou que "a notícia da denúncia é recebida com serenidade, por se tratar de consequência natural do curso processual".
O Blog está em busca de localizar outros advogados dos demais citados. O espaço, claro, está aberto às manifestações.
Veja a nota da defesa de Lauremília Lucena na íntegra
Em resposta ao recebimento de denúncia apresentada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) ao Juízo da 1ª Zona Eleitoral da Capital, a defesa de Maria Lauremília Assis de Lucena, primeira-dama de João Pessoa, vem a público esclarecer os seguintes pontos:
A Sra. Lauremília reafirma estar confiante no trabalho da Justiça e que provará sua total inocência no decorrer do processo. Ela segue colaborando com as investigações e sempre pautou sua vida pela integridade, correção e compromisso com os mais necessitados, nunca tendo se envolvido em qualquer prática ilícita. Sua trajetória é amplamente reconhecida pela dedicação às causas sociais, religiosas e por seu caráter irrepreensível.
A defesa vê com tranquilidade o oferecimento da denúncia, pois tem certeza da improcedência dos fatos relacionados a ela. Apenas agora, com a liberação de todos os fatos, é que a defesa terá condições de começar a revelar a verdade que propiciará a absolvição plena de Lauremília. Quem a conhece sabe do seu trabalho social e que ela não tem qualquer envolvimento com as acusações.
Lauremília informou que continua tendo fé absoluta em Deus, crença na justiça e confiança no restabelecimento da verdade.
Nota da defesa de Keny Gomes
O escritório Getúlio Souza Advogados vem a público informar que, em relação à denúncia oferecida pelo Ministério Público da Paraíba, no âmbito da Operação Território Livre, que apura supostas condutas ilícitas nas eleições de 2024, em desfavor do Sr. Keny Rogeus Gomes da Silva, ainda não foi formalmente intimado.
A notícia da denúncia é recebida com serenidade, por se tratar de consequência natural do curso processual. Após a devida intimação e o acesso integral ao conteúdo da denúncia e seus anexos, a defesa apresentará defesa de forma ampla e abrangente, como assegura a legislação pertinente, reafirmando a plena confiança na Justiça e no devido processo legal.
Nota da defesa de Raíssa Lacerda
A assessoria jurídica de Raissa Lacerda acolhe com serenidade a notícia de que o juízo da 1ª zona eleitoral da capital recebeu formalmente a denúncia decorrente da autodeclarada 'operação território livre', na qual se apuram supostas irregularidades na campanha eleitoral de 2024.
A defesa esclarece que apesar do decurso de quase um ano da investigação, ainda não teve a oportunidade de prestar esclarecimentos, e até o presente momento sequer teve acesso a integra dos autos, mas desde já refuta todas as acusações e está certa de sua inocência.
Por fim reafirma que sempre esteve à disposição para colaborar com a justiça e atuará para restabelecer a verdade, sendo essencial agora o respeito a presunção de inocência e ao devido processo legal.
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