TSE aprova registros de mais duas federações partidárias. Veja impactos na política paraibana

União entre partidos, no plano nacional, tem feito surgir divergências locais

TSE aprova registros de mais duas federações partidárias. Veja impactos na política paraibana
Foto: arquivo

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou hoje os registros de mais duas federações partidárias. O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Partido Cidadania passam a integrar a Federação PSDB Cidadania; e os partidos Socialismo e Liberdade (PSOL) e Rede Sustentabilidade (Rede) passam a compor a Federação PSOL Rede.

Na última terça-feira o TSE já havia aprovado a Federação Brasil da Esperança (FE Brasil), formada pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo Partido Verde (PV).

Criadas para substituir as antigas ‘coligações partidárias’, as federações irão desafiar arranjos locais. É que a realidade dos Estados, às vezes, é marcada por interesses antagônicos entre os membros desses partidos.

Na Paraíba as federações já provocaram mudanças no xadrez político.

Uma delas foi a saída do Cidadania do governador João Azevêdo. Ele migrou para o PSB, após o anúncio de união de sua antiga legenda com o PSDB. Os tucanos têm candidato próprio ao Governo, o deputado Pedro Cunha Lima.

No caso da Federação entre PSOL e Rede, há divergências internas no Estado a serem resolvidas – semelhante ao que acontece na Federação entre PC do B, PT e PV. 

O PSOL deve lançar a candidatura ao Governo de Adjany Simplício. Já o partido Rede sinaliza que deve apoiar a reeleição de João Azevêdo. O único deputado da legenda, Chió, faz parte da base governista.

Fechar essa equação interna não será uma tarefa fácil. A nova federação, agora, terá que optar por manter a candidatura de Adjany ou apoiar a reeleição de Azevêdo.

As regras do jogo

A possibilidade de os partidos se unirem em federações para lançar um único candidato é uma novidade para as Eleições 2022 e está prevista na Lei nº 14.208/21. A principal inovação é a exigência de uma atuação conjunta das legendas em torno de um programa comum, por quatro anos após a diplomação dos eleitos.

Portanto, com a aprovação dos estatutos, durante os quatro anos da próxima legislatura (2023-2026), as agremiações se comprometem a atuar em conjunto como um único ente partidário.

O prazo final para que os partidos obtenham o registro de federações partidárias termina na próxima terça-feira (31).