O imbróglio da Federação na Paraíba. Ex-reitor diz estar confiante em disputa pelo Senado

No Estado, partidos mantêm pré-candidaturas e apoios divergentes

Foto: Ascom
O imbróglio da Federação na Paraíba. Ex-reitor diz estar confiante em disputa pelo Senado
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou ontem a criação da Federação Brasil da Esperança (FE Brasil), formada pelo PCdoB, PT e PV. A partir de agora, durante os quatro anos da próxima legislatura (2023-2026), as agremiações atuarão em conjunto como um único ente partidário.

Na Paraíba os três partidos não falam a mesma língua.

O PC do B e o PV apoiam a reeleição do governador João Azevêdo (PSB), enquanto o PT endossa a candidatura do senador Veneziano Vital (MDB).

Na disputa pelo Senado, mais divisão.

O PC do B apresentou o nome do ex-reitor da UEPB, Rangel Júnior. Já o PT quer ir para a disputa com o ex-governador Ricardo Coutinho.

O difícil, agora, é dizer quais caminhos a Federação percorrerá na Paraíba de agora em diante. Para muitos, a decisão virá de ‘goela abaixo’ e deve privilegiar o desejo e o projeto do ex-presidente Lula.

O estatuto da nova entidade, contudo, estabelece um rito próprio para clarear eventuais divergências nos Estados.

O que diz o Estatuto

Conforme o estatuto, as executivas estaduais serão formadas por três membros com direito a voto: os presidentes do PT, PC do B e PV em cada Estado. Se houver divergência entre eles sobre apoios locais, o conflito é enviado para a direção nacional.

Nacionalmente, há a Comissão Executiva Nacional e a Assembleia Geral. Por ter mais cadeiras no Congresso, o PT terá mais representantes nos dois órgãos internos.

Caberá às entidades nacionais decidir sobre os conflitos estaduais. Para uma tese ser aprovada será preciso 3/4 dos votos.

Rangel acredita que pode representar federação para o Senado

Pré-candidato ao Senado, Rangel Júnior diz que continuará na disputa. “Após a aprovação da federação estou mais mais confiante”, avaliou, em contato com o Blog.

“O posicionamento da federação passará por um amplo debate interno”, observou o ex-reitor, lembrando também que ainda há uma discussão na Justiça Eleitoral sobre candidaturas ao Senado desvinculadas de nomes que disputarão os Governos estaduais.

É esperar para ver…