Vereadores de João Pessoa congelam os próprios salários e o do prefeito até 2020

Ao contrário da Câmara de Campina Grande, os vereadores de João Pessoa decidiram congelar os próprios salários pelos próximos quatro anos. O projeto estabelecendo a medida foi aprovada por unanimidade na manhã desta terça-feira (27). Também foi aprovado pelos parlamentares um projeto que deixa sem reajuste salarial o prefeito, o vice-prefeito e os secretários da cidade.

O congelamento dos salários dos vereadores já tinha sido antecipado pelo presidente da Câmara Municipal, Durval Ferreira (PP), no mês de novembro. Na sessão desta terça ele disse que a Casa não poderia se comportar de forma diferente e que os vereadores seguem a maré nacional de redução dos gastos públicos.

A iniciativa foi elogiada pelos vereadores. O líder da base governista, Marco Antônio (PHS), que não se reelegeu para a próxima legislatura, foi um dos que se manifestaram. Eliza Virgínia (PSDB) afirmou que a ideia deveria ser usada por outras casas legislativas. O único que ensaiou uma queixa contra a matéria foi Lucas de Brito (PSL), dizendo que os vereadores estavam cortando na própria carne. Apesar disso, votou favorável.

Atualmente os vereadores recebem um salário de R$ 15 mil. A legislação estabelece que o subsídio não pode ultrapassar a casa dos R$ 18,9 mil, o equivalente a 75% do salário pago a um deputado estadual (R$ 25.332).

Com relação ao Executivo, o salário do prefeito vai se mantido nos patamares aprovados em 2012, de R$ 22 mil. O vice recebe R$ 16,5 mil, enquanto que os secretários ganham R$ 15 mil e os adjuntos R$ 11 mil.

Reajuste de 26,3%

Em Campina Grande os vereadores aprovam uma reajuste de 26,3% e ainda a criação de um 13º para os parlamentares da Casa. A medida gerou uma série de protestos, mas acabou sendo transformada em lei.

Com o reajuste, os salários sobem de R$ 12.025 para R$ 15.193. Já o presidente da Câmara passa a receber R$ 22.700.