icon search
icon search
home icon Home > qual a boa?
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

QUAL A BOA?

Abertura de La La Land é menos magistral do que estão dizendo!

Publicado em 31/01/2017 às 7:08 | Atualizado em 22/06/2023 às 13:55

Há alguns poucos anos, nos bastidores de uma emissora de televisão, um cara da área artística me disse que usaria um elemento novíssimo na gravação de uma chamada institucional. Novíssimo e já muito em voga. Quis saber que novidade era essa, e ele respondeu: o plano sequência. Fiquei tão sem jeito que respondi com o silêncio.

Lembrei disso ouvindo entusiastas de La La Land num papo divertido e interminável. Perguntei o que há de tão magistral na sequência de abertura.

A resposta mais frequente: o uso do plano sequência enquanto as pessoas cantam e dançam na rua, entre os carros!

A um deles, perguntei se conhecia Festim Diabólico, de Hitchcock, e ele disse que não. Mas conhece A Marca da Maldade, de Welles? Também não! E o Passageiro, Profissão: Repórter, de Antonioni? Não! E O Jogador, de Altman? Não!

OK! Descobrira plano sequência na abertura de Gravidade!

De outro, ouvi que o que há de absolutamente genial no início de La La Land é que o espectador acompanha um pouco da história da mocinha e depois volta para acompanhar a do rapaz. Depois, claro, daquele número musical "falso jazz" (o "falso jazz"é meu!) no meio da rua.

Você já imaginou o quanto isso tem de inovador? Iniciar a narrativa acompanhando o dia de um personagem e depois voltar um pouquinho no tempo para acompanhar o dia de outro? 

Foi o que ouvi! Sério!

Lembrei do Grande Golpe, de Kubrick. É todo assim. Ou do Jackie Brown, de Tarantino. Tem um trecho assim. Ou (exemplo de uma década atrás) da despedida de Lumet em Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto. Retoma magistralmente o elemento narrativo que Kubrick usou nos anos 1950. Não conhecia nenhum deles, me confessou o entusiasta de La La Land!

Mais um me disse que teve vontade de sair pulando dentro da sala escura quando viu todos em círculo dançando e cantando em volta de alguém. Pois é!

Tal como o Cristo de Superstar troca de roupa, de hippie para Jesus, cercado pelo elenco, na abertura do filme de Jewison. Mas, aí, há de ser uma das inúmeras homenagens de La La Land ao gênero musical.

Estou preocupado! O defeito há de ser meu! Não consigo entender esse fenômeno chamado La La Land!

Imagem

Silvio Osias

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp