QUAL A BOA?
André Bazin nasceu há 100 anos. Viva a crítica de cinema!
Publicado em 18/04/2018 às 7:14 | Atualizado em 22/06/2023 às 13:37
Nesta quarta-feira (18), faz 100 anos que nasceu o crítico de cinema André Bazin.
Viveu muito pouco.
A leucemia matou Bazin aos 40 anos, em 1958.
Quem foi André Bazin? - pergunta o garoto da geração Y que faz resenha de blockbusters.
Quem foi Bazin? Qual o seu legado?
Foi crítico de cinema.
Teórico do cinema.
Traduziu o cinema.
Explicou o cinema.
Deu contribuição imprescindível à formulação das bases da crítica de cinema.
Descobriu François Truffaut. Tirou o garoto do caminho da marginalidade, foi seu pai adotivo, o fez crítico e cineasta.
Ajudou a fundar e foi editor dos Cahiers du Cinéma. Nunca houve uma revista de cinema tão importante quanto esta.
Foi um dos idealizadores da Nouvelle Vague.
Em Os Filmes da Minha Vida, Truffaut escreveu sobre o mestre:
"Com o coração imenso e a saúde lamentável, que não lhe tirava nem a alegria nem o esplendor, Bazin era a lógica em ação, um homem da razão pura, um dialético maravilhoso".
Truffaut dizia que, mais do que "crítico", Bazin era "escritor" de cinema, pois "empenhava-se em analisar e descrever os filmes muito mais que em julgá-los".
André Bazin morreu em 1958, mas, sem ele, não haveria muito do que se viu nos cinemas novos da década de 1960.
Sem Bazin, não teríamos lido François Truffaut, Pauline Kael, Roger Ebert, José Carlos Avellar, Ely Azeredo, Sérgio Augusto, Inácio Araújo, Celso Marconi, Antônio Barreto Neto, Bráulio Tavares, Kleber Mendonça, João Batista de Brito.
Viva a crítica de cinema!
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