icon search
icon search
home icon Home > qual a boa?
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

QUAL A BOA?

Carta Capital resgata o cartaz de Terra em Transe em sua capa

Publicado em 07/03/2021 às 7:58 | Atualizado em 22/06/2023 às 12:50

Este é o cartaz do filme Terra em Transe.


				
					Carta Capital resgata o cartaz de Terra em Transe em sua capa
Foto: Divulgação

E esta é a capa da revista Carta Capital.


				
					Carta Capital resgata o cartaz de Terra em Transe em sua capa

Com o Brasil em transe, em sua edição desta semana, a revista resgatou o cartaz do filme de Glauber Rocha, lançado em 1967.

Segue algo que escrevi nos 50 anos de Terra em Transe, quatro anos atrás:

Isto é o povo! Um imbecil! Um analfabeto! Um despolitizado!

A fala do personagem de Jardel Filho ecoa desde 1967.


				
					Carta Capital resgata o cartaz de Terra em Transe em sua capa

Para mim, o nosso maior e mais instigante filme político é Terra em Transe.

O Brasil continua muito parecido com o Eldorado de Glauber Rocha.


				
					Carta Capital resgata o cartaz de Terra em Transe em sua capa

Unidos em Glauber, o gênio do construtor e o mito do demolidor gestaram um filme que fala das nossas questões cruciais. Falava em 1967. Continua falando agora.

Esquerda, direita, populismo, messianismo, o papel dos intelectuais, o povo, a desigualdade, o autoritarismo, o nosso destino enquanto Nação.

Terra em Transe, se tudo isso fosse pouco, ainda é absolutamente arrebatador como delírio estético. Não é à toa que tem a admiração de Martin Scorsese.

A questão é que, para muitos, o filme de Glauber Rocha é tosco. Hermético. Incompreensível.

Quase ninguém quer enfrentá-lo.

Mas o problema pode ser o empobrecimento intelectual das nossas plateias. A ausência de uma crítica como a que se tinha na época em que o filme foi lançado. A falta de um ambiente propício a esse tipo de cinema.

Em 2001, tentei reunir amigos para uma sessão caseira de 2001: Uma Odisseia no Espaço. Achei que seria o máximo ver o filme de Stanley Kubrick em pleno ano de 2001. Um deles me disse assim: não passaremos da sequência dos macacos. Ninguém topou.

Que tal, então, vermos Terra em Transe agora, com o Brasil mergulhado num dos seus grandes impasses políticos?

Acho difícil que alguém queira nesses tempos de tanta superficialidade.

Imagem

Silvio Osias

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp