QUAL A BOA?
Clint Eastwood é um reaça em áreas profundas da América
Publicado em 30/05/2018 às 6:37 | Atualizado em 22/06/2023 às 13:11
Clint Eastwood ficou famoso na década de 1960, atuando naqueles westerns horríveis de Sergio Leone.
Eram detestados na época. Foram cultuados mais tarde.
Também trabalhou com Don Siegel, mestre do filme B.
Foi quem colou nele a imagem de Dirty Harry, personagem politicamente incorreto do ágil thriller Perseguidor Implacável.
Quando dirigiu pela primeira vez, já tinha 41 anos.
Ninguém imaginava, com Perversa Paixão, que se transformaria num dos grandes diretores do mundo.
Fez quatro westerns muito bons. No primeiro, O Estranho Sem Nome, ainda parece demais com Leone.
No último, Os Imperdoáveis (Oscar de melhor filme e melhor diretor), redimensiona o tema da violência e ressuscita o western tomando como referência o próprio gênero.
Há quem diga que o western e o jazz são a melhor arte produzida pelos americanos. Eastwood ama os dois.
Sobre a música criada pelos negros da América, fez Bird, admirável cinebiografia do gênio Charlie Parker.
Um Mundo Perfeito é vigoroso road movie.
As Pontes de Madison é sensível melodrama.
Sobre Meninos e Lobos e Menina de Ouro são pequenas obras-primas.
A Conquista da Honra, Gran Torino e Sniper Americano se debruçam sobre deep areas dos Estados Unidos.
Invictus dá aula de política.
J. Edgar fala dos subterrâneos da política.
Clint Eastwood tem assinatura inconfundível. Faz cinema impecável e sem excessos. Muitas vezes, prefere o mínimo. Como a música que ele mesmo escreve para seus filmes.
Nesta quinta-feira (31), faz 88 anos.
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