QUAL A BOA?
Impeachment, Nixon, Collor, Dilma, Trump e um filme
Publicado em 17/05/2017 às 5:49 | Atualizado em 22/06/2023 às 13:55
Há alguns filmes que todos os jornalistas deveriam ver.
Cidadão Kane, A Montanha dos Sete Abutres, Rede de Intrigas.
Imprensa, política, poder, notícia, audiência, sensacionalismo, investigação, verdades e mentiras. Podem até não interessar à geração Y, mas não estão superados, embora tantos anos nos separem do tempo em que foram realizados. Tratam de questões que o furacão digital (ainda) não varreu do mapa!
Kane, o mais velho e o melhor, logo terá 80 anos!
Todos os Homens do Presidente é um desses filmes para jornalistas.
Gosto de revê-lo sempre que se fala em impeachment.
Trata de um episódio ainda muito recente (pouco mais de 40 anos), se pensarmos na perspectiva da História: o processo que, em 1974, levou o presidente americano Richard Nixon à renúncia.
Não é um filme importante, transformador, como Cidadão Kane, mas é muito bom cinema assinado pelo veterano Alan Pakula. E uma verdadeira aula de jornalismo investigativo.
"O herói do filme é o repórter, essa mistura de curiosidade, timidez, modéstia, agressividade, coragem, paciência, obstinação e (por que não) sadomasoquismo", escreveu o crítico Antônio Barreto Neto quando o filme passou por aqui na década de 1970.
Vamos ver (ou rever) Todos os Homens do Presidente?
Penso nele agora porque a palavra impeachment está de volta ao noticiário.
Trump, os russos, o FBI.
Vimos Nixon, de cuja queda o filme trata. Vimos Collor. E Dilma.
Veremos Trump?
O presidente americano está no poder há pouco mais de 100 dias e quase metade da população já quer que ele saia da Casa Branca!
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