QUAL A BOA?
Truffaut foi salvo pelo cinema
Publicado em 07/02/2018 às 7:04 | Atualizado em 22/06/2023 às 13:43
Se estivesse vivo, François Truffaut teria feito 86 anos ontem (06).
Morreu aos 52, em 1984.
Truffaut foi salvo da marginalidade pelo cinema.
Primeiro, a própria descoberta do cinema.
Em seguida, a crítica.
Na crítica, a obsessão de provar ao mundo que os americanos estavam errados quando reduziam Alfred Hitchcock a um mero realizador de filmes comerciais.
Quando trocou a máquina de escrever pela câmera de filmar, já estava pronto.
Com Os Incompreendidos, que remetia à sua infância, nascia o cineasta.
E o ciclo Antoine Doinel, tão bem personificado por Jean Pierre Léaud.
Muita gente sai da crítica para a realização e não dá certo.
Truffaut deu certo.
Com Jean-Luc Godard e outros contemporâneos, estava na linha de frente da Nouvelle Vague, movimento que revolucionou o cinema ali na virada dos anos 1950 para os 1960.
O cinema americano reverenciado por aqueles jovens cineastas serviu de parâmetro para as rupturas propostas por Godard, amigo e depois desafeto de Truffaut.
Truffaut também tomou os filmes americanos como referência, mas acabou sendo o oposto de Godard.
Seu cinema não é de ruptura com a linguagem.
Com Hitchcock, com quem produziu um imprescindível livro de entrevistas.
Jules e Jim, para muitos, seu filme mais importante.
Em A Noite Americana, atuou, dirigiu e declarou seu amor ao cinema.
Foi ator em Contatos Imediatos do Terceiro Grau.
Comentários