Ednaldo Pereira pede que entrevista no podcast Flow seja retirada do ar, após fala de Monark sobre nazismo

Pedido veio após um dos apresentadores, Monark, ter defendido a existência de um partido nazista. Entrevista com Ednaldo Pereira foi publicada no dia 17 de novembro de 2021.

Foto: Divulgação

O paraibano Ednaldo Pereira, sucesso na internet, utilizou as redes sociais na noite desta terça-feira (8) para solicitar que sua entrevista no podcast Flow seja retirada do ar. O pedido veio após um dos apresentadores, Monark, ter defendido a existência de um partido nazista, durante a edição da segunda-feira (7).

“Devido ao integrante do Flow falando sobre partido nazista, eu Ednaldo Pereira também pretendo tirar minha entrevista do canal do Flow. Então, vou tentar para que seja retirada a entrevista do Flow porque não dá para criar partido nazista. É isso aí galera”, afirmou o cantor e compositor paraibano.

A entrevista com Ednaldo Pereira foi publicada no dia 17 de novembro de 2021. Até o momento, permanece disponível. Além dele, outros entrevistados no podcast pediram que os episódios com suas participações fossem retirados do ar, como Lucas Silveira, da banda Fresno, Tico Santta Cruz, do Detonautas, Sidoka, Lito Sousa, do Aviões e Músicas, e Iberê Thenório, do Manual do Mundo.

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Fala de Monark sobre nazismo

Criado por Monark e por Igor Coelho (Igor 3K), o Flow é um dos podcasts com maior audiência do Brasil e tem 3,6 milhões de inscritos só no YouTube. O podcast já perdeu patrocinadores, e em 2021 Monark foi muito criticado depois de ter questionado no Twitter se “ter opinião racista é crime”.

Na última segunda-feira (7), em episódio com participação dos deputados Kim Kataguiri (DEM-SP) e Tábata Amaral (PSB), Monark defendeu a existência de um partido nazista no Brasil.

“A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei”, disse o apresentador.

Tabata rebateu o comentário e falou que a “liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca em risco a vida do outro”. “O nazismo é contra a população judaica e isso coloca uma população inteira em risco”, afirmou. Já o deputado Kim Kataguiri disse que achava errado a Alemanha ter criminalizado o nazismo depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A afirmação de Monark gerou revolta nas redes sociais, e o podcast perdeu patrocinadores. O Flow anunciou que desligou o apresentador e retirou do ar o episódio com a fala. A Procuradoria Geral da República (PGR) abriu uma apuração sobre apologia ao nazismo por Monark e Kim Kataguiri. Após a repercussão, Monark se desculpou e disse que estava bêbado.