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Cinco anos do decreto de calamidade da Covid-19 na Paraíba: o que mudou?

Com menos casos graves, Covid-19 ainda exige atenção, especialmente entre idosos e não vacinados.

Publicado em 21/03/2025 às 8:14

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Em 21 de março de 2020, o governo da Paraíba decretava estado de calamidade pública devido à Covid-19, em meio a hospitais lotados e incertezas globais.

Cinco anos depois, a doença, que já paralisou o estado, hoje circula com menor impacto e, mesmo com a doença ainda presente, o cenário é outro: a Paraíba registra menos internações, o número de mortes caiu e a rotina retomou a normalidade.

O Jornal da Paraíba conversou com o infectologista Fernando Chagas, que atuou na linha de frente durante a pandemia, para entender as transformações.

Por que a Covid-19 não assusta como antes


				
					Cinco anos do decreto de calamidade da Covid-19 na Paraíba: o que mudou?
DC estúdio

A resposta está na vacinação em massa e na evolução científica, segundo Chagas. “A maior parte da população está vacinada, o que diminui as chances de evolução para a forma grave", afirma.

Mais de 3,7 milhões de paraibanos receberam pelo menos uma dose da vacina, segundo a Secretaria do Saúde do Estado (SES-PB). A proteção, porém, varia: idosos e imunossuprimidos precisam de doses atualizadas, enquanto adultos saudáveis mantém imunidade por mais tempo.

Apesar dos avanços, Chagas alerta:

"Isso não significa que as pessoas deixaram de morrer de Covid. A doença infecciosa ainda está entre as que mais matam no Brasil e no mundo".

Dos óbitos registrados, desde o início da pandemia até 19 de março de 2025, 4.248 vítimas tinham cardiopatia, 3.422 diabetes e 3.101 hipertensão — muitas com mais de uma comorbidade.

O médico explica que a agilidade no diagnóstico também foi crucial. “No início da pandemia, quando nós pedíamos um PCR, que é um teste de antígeno, essa amostra era mandada para o Pará e demorava em média de duas a três semanas para sair o resultado. Hoje, nós fazemos essa mesma análise nos nossos hospitais aqui do estado e temos o resultado em duas horas. E não só para Covid: essa mesma tecnologia hoje nós utilizamos também para outras doenças”.

Quem ainda precisa se preocupar


				
					Cinco anos do decreto de calamidade da Covid-19 na Paraíba: o que mudou?
Foto: divulgação/Secom-JP.

Segundo Chagas, os riscos persistem para grupos específicos. “As pessoas que estão morrendo por Covid hoje são idosos com o corpo muito frágil, pessoas com doenças de base descontroladas ou não vacinadas. Por exemplo, se ela tiver uma insuficiência cardíaca, a Covid mesmo leve pode desestruturar o coração e a pessoa morrer por problemas cardíacos, não por insuficiência pulmonar”.

Ele reforça a importância da vacinação atualizada: “Todas as pessoas acima de 65 anos, crianças abaixo de 4 anos e pessoas com imunossupressão têm que ter o quadro vacinal completo. Inclusive com as vacinas mais atualizadas”.

Como agir ao ter sintomas gripais hoje


				
					Cinco anos do decreto de calamidade da Covid-19 na Paraíba: o que mudou?
(Foto: Rizemberg Felipe)

O médico defende uma mudança cultural na prevenção. “Na prática, a gente não trata a gripe comum como deveria. O ideal era qualquer sintoma gripal, de um resfriado à Covid-19, a pessoa usar máscara. Se precisar sair, evitar aglomerações, não apertar a mão de outros e não compartilhar objetos. Em você pode ser leve, mas se chegar em um idoso ou em alguém em quimioterapia, pode desestruturar essas pessoas e infelizmente levá-las à morte”.

Cinco anos após o decreto que paralisou o estado, a Paraíba convive com a Covid-19 em um novo normal: menos temida, mas ainda presente.

A recomendação é clara: vigilância, vacinação e solidariedade seguem sendo as melhores respostas.

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Janinne Vivian

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