SAÚDE
Eclipse anular solar: saiba como identificar danos na visão após a observação do fenômeno
Dependendo do caso, a pessoa que observou o eclipse sem proteção pode ter danos leves ou graves. As lesões podem ser reversíveis ou não.
Publicado em 16/10/2023 às 15:58 | Atualizado em 16/10/2023 às 17:33
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O eclipse anular solar aconteceu no sábado (14) e a Paraíba foi um dos melhores estados para observar o fenômeno. Mesmo com dicas de como observar o fenômeno de maneira segura, muitas pessoas podem ter olhado para sol sem a proteção adequada. Especialistas falam como identificar se houve danos à visão após a observação do eclipse.
Quais são os danos que uma pessoa que observou o eclipse pode desenvolver?
Segundo a oftalmologista Camila Queiroz, uma pessoa que observou o eclipse sem os equipamentos específicos, como os óculos especiais ou o filtro de soldador, pode desenvolver danos mais leves, como a ceratite, que são arranhões na parte mais superficial do olho devido ao ressecamento ocular intenso de ficar olhando diretamente para o eclipse.
Além disso, é possível desenvolver uma lesão direta pela radiação ultravioleta pelo sol. Esse quadro, exemplificado por Camila, se manifesta logo após a exposição. E o observador pode apresentar:
- Olhos vermelhos;
- Lacrimejamento;
- Sensação de areia nos olhos; e
- Até um leve embaçamento visual.
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Já em casos mais graves, Camila explica que o observador pode desenvolver uma lesão no centro da retina numa região chamada mácula. Essa lesão pode se desenvolver horas após a exposição ao eclipse e pode deixar sequelas na visão como os escotomas, manchas escuras no campo visual.
Os danos à visão podem ser permanentes?
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A especialista comenta que pode depender do caso. Se for uma lesão mais superficial, geralmente usando colírios de lubrificação e anti inflamatórios pode acontecer a reversibilidade total da lesão.
Caso tenha sido uma lesão no fundo do olho, pode deixar sim alguma perda de visão e manchas escuras e esses danos podem ser permanentes.
Camila lembra que lesões no fundo do olho não têm um tratamento específico. A recomendação é que o quadro seja acompanhado.
A longo prazo, quais outros danos o observador pode desenvolver?
Queiroz comenta que a longo prazo, e dependendo do caso, o observador pode desenvolver uma redução da visão, principalmente na visão central e os escotomas, manchas no campo de visão.
Como identificar se houve lesões?
De acordo com Camila, para saber se uma pessoa que observou o eclipse desenvolveu alguma lesão é recomendado que ela faça um teste fechando um olho de cada vez e tentando observar algum objeto mais detalhado ou ler alguma coisa para ver se ela observa alguma coisa ou até alguma mancha no campo de visão.
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Em entrevista à TV Cabo Branco, o oftalmologista, Daniel Montenegro, afirma que para saber se houve ou não alguma lesão após a observação do eclipse é necessário perceber se há uma mancha no centro da visão.
Ele explica que isso acontece porque a radiação ultravioleta, emitida pelo sol, consegue provocar uma lesão na retina, que é onde essa luz converge para formar imagens. E essa incidência na retina, que é a mácula, provoca uma lesão irreversível.
Geralmente essa mancha surge após algum tempo de exposição e varia de acordo com a variação recebida.
Além disso, Daniel recomenda que mesmo sem o eclipse, se uma pessoa ficar exposta à luz do Sol, que ela use óculos de sol com filtros apropriados para filtrar a radiação ultravioleta.
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